Italo Ferreira 'reaprende' a surfar após lesão e maratona nas finais
O surfista Italo Ferreira está 'reaprendendo' a surfar após sofrer uma lesão no pé esquerdo. Vice-campeão mundial em 2022, o campeão olímpico revelou após o WSL Finals, que definiu o brasileiro Filipe Toledo como campeão mundial, em setembro, ter disputado o evento já lesionado. Depois de ficar um tempo de molho, o potiguar voltou para o mar, mas aos poucos.
Durante a entrevista coletiva de lançamento do Instituto Italo Ferreira —que atenderá crianças em Baía Formosa (RN)—, o potiguar revelou que ainda sente dores no pé esquerdo e que agora está sofrendo após semanas sem treinamento físico e o período fora d'água. Italo ainda tem tempo para ficar 100% recuperado antes do início das principais competições. A temporada de 2023 do Circuito Mundial de Surfe começa no fim de janeiro, no Havaí.
"Tenho um tempo para me recuperar, voltei a surfar, mas ainda sinto muita dor no pé. Preciso dos treinos, mobilidade, força, resistência. Fiquei algumas semanas sem essas atividades, perdi força muscular, voltei a surfar e parece que tive que reaprender tudo de novo"
"É um desafio para se controlar e ir evoluindo no dia a dia para que a lesão tenha tempo de cicatrizar. Voltei um pouco antes do previsto, sou um pouco teimoso, mas sei até onde posso ir. É ganhando confiança. Com o trabalho, essa lesão vai cicatrizar e vou voltar 110% preparado para o início da temporada em janeiro. Esse é o objetivo, voltar a performar 100% em algumas semanas, aí começa pré-temporada e depois embarca para o Havaí. É correria do início ao fim do ano", completou.
Final insana agravou lesão
Italo teve um final de temporada insano em 2022. Ele se classificou para o WSL Finals como quarto do ranking —apenas os cinco primeiros classificados disputaram a grande final do Circuito Mundial.
Na primeira bateria, bateu o japonês Kanoa Igarashi (quinto do ranking). Depois, venceu os australianos Ethan Ewing (terceiro) e Jack Robinson (segundo). Na grande final, acabou derrotado por Filipinho, que chegou como líder do ranking mundial, em melhor de três baterias.
A "maratona" de uma bateria atrás da outra no Finals, com horas na água, agravou a lesão no pé. Em uma etapa da temporada regular do Circuito, um surfista disputa, no máximo, três baterias no mesmo dia. Italo disputou cinco baterias no Finals, quando o título mundial é decidido em apenas um dia. O campeão de 2019 deu sua opinião sobre o polêmico formato da final.
"A gente se adapta ao tour. A gente coloca nossa opinião na mesa e, na maioria das vezes, fica por ali mesmo. Se adaptar ao tour, saber que estamos sujeitos a mudanças a todo momento é o melhor a se fazer ao invés de focar em outra coisa. Foi um ano que bati na trave de novo. 2021 fiquei em terceiro, agora em segundo e, se Deus permitir serei campeão do mundo ano que vem."
"Esse formato dá possibilidade para o cara que ficou em quinto dar um show no último dia e acabar ganhando. Tem que manter a calma e não está nada garantido até a última bateria, último minuto. Tem muito mais pressão hoje em dia. Manter o equilíbrio até chegar no Finals para aí sim ser campeão do mundo. É um modelo de competição diferente. Se botar na balança, atletas concordam e outros não concordam, a gente tenta se adaptar ao tour da melhor maneira possível", acrescentou.
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