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UFC: Deiveson cita ódio por Moreno em provocações antes de quarta luta

Deiveson Figueiredo e Brandon Moreno fazem encarada antes do UFC Rio - Foto: Luiza Sá/UOL Esporte
Deiveson Figueiredo e Brandon Moreno fazem encarada antes do UFC Rio Imagem: Foto: Luiza Sá/UOL Esporte

Luiza Sá

Do UOL, no Rio de Janeiro

09/11/2022 13h35

O clima esquentou na entrevista coletiva que antecedeu o quarto encontro entre Deiveson Figueiredo e Brandon Moreno. Os dois lutam no UFC 283, que acontece no dia 21 de janeiro, no Rio de Janeiro. Não faltaram farpas, principalmente pelo lado do brasileiro, que disse odiar o mexicano.

"Sou um cara que não gosto do Moreno, quando se fala nessa luta, saímos na porrada mesmo. Estamos prontos para dar um show. Tenho certeza que vamos nos encontrar uma quinta vez. Vai entrar para a história. Falo que não gosto dele. Paga de humilde e não tem nada disso. É um bebê chorão, safado. Toda vez que entrarmos no UFC, será essa guerra. Não tem nada de humildade, traiu a própria equipe", disse Deiveson.

"Acho que estamos fazendo história nessas quatro lutas. Ele diz que me odeia, mas estou feliz de ter alguém para dividir o octógono quatro vezes. É enorme, dois caras da América Latina. É ótimo para o esporte. Tenho respeito por ele como atleta, temos histórico. Mas como ser humano, o que posso dizer, ele sempre está falando coisas. É nojento, agora estou feliz. Entendo que não posso mudar ele. Não estou tentando fazer isso. Você fala muita merda, faz muito barulho, sou melhor do que você", retribuiu Moreno.

Os dois atletas estão no Rio de Janeiro para divulgação da tetralogia pelo cinturão dos pesos moscas (até 56,7kg.) do UFC. O evento no ano que vem será o primeiro no Brasil depois de quase três anos. Ao longo da entrevista, se interromperam várias vezes e nunca estavam muito próximos, exceto pelo momento da encarada. No café da manhã, chegaram a se estranhar.

"Está sendo incrível estar no Rio. Não mais incrível porque tenho que olhar para ele no corredor. Se deixar a gente solto, sairemos na porrada. Não vejo a hora disso passar, vou fazer você voltar ao México com seu cinturão de Lego. Ontem, quando esse cara me viu, esqueceu que o café estava quente e se queimou de tanto medo que tem de mim. Estou no Brasil, procurei fazer o camp em um lugar que ninguém possa ver", afirmou o brasileiro.

"Ele não sabe de nada. Eu estava bebendo café, amo beber café de manhã. Mas ele veio e não fez nada, só estava assistindo. Foi desconfortável, estava me assistindo. Falando de segurança, mas ele sabe que não está fazendo nada. Você não pode fazer nada contra mim e sabe disso. Posso te bater agora, mas não é minha intenção. Eu sou melhor", respondeu Moreno.

Deiveson Figueiredo e Brandon Moreno - Foto: Luiza Sá/UOL Esporte - Foto: Luiza Sá/UOL Esporte
Deiveson Figueiredo e Brandon Moreno fazem encarada antes do UFC Rio
Imagem: Foto: Luiza Sá/UOL Esporte

Na primeira luta, em dezembro de 2020, tudo terminou empatado e o cinturão permaneceu com o brasileiro. Em junho de 2021, os dois voltaram a se enfrentar e Brandon Moreno conseguiu a vitória por finalização no segundo round. Já no terceiro encontro, Deiveson saiu vitorioso na decisão unânime dos juízes e recuperou o título. A quarta luta marca a unificação dos cinturões do peso mosca, já que Brandon Moreno se tornou campeão interino ao nocautear Kai Kara-France em julho deste ano.

"Na última luta ele percebeu o quanto eu mudei. Agora não existe nenhuma possibilidade de ele me estudar. Estou treinando em casa, total off das mídias. Vou apresentar mais mudanças e tenho certeza que verá um cara diferente na frente dele. Aqui é Brasil, está lutando com a minha torcida, cala sua boca. Com toda certeza serão cinco rounds eu andando para cima dele, dando golpes. O que mais quero é abrir outra brecha do lado da cara dele. Pode esperar uma pessoa totalmente diferente, vou quebrar a sua cara", disse Deiveson.

Depois do evento em 2019, o UFC volta ao Brasil pela primeira vez com torcida. Em 2020, na pandemia, os fãs não puderam ver Brandon Moreno lutar. Na encarada, Deiveson chegou a ofereceu o cinturão ao mexicano em tom de ironia.

"Na última vez foi estranho, ainda na pandemia, sem torcida. Foi uma luta difícil. Não tenho experiencia com torcida. Com eles talvez seja mais dificil, mas posso ganhar as pessoas, é América Latina. Quando chegamos, todos foram bons comigo, vejo muitas coisas similares aqui e no México", completou o mexicano.