Mãe de Hamilton encantada e Ocon na defensiva; o que teve após sprint da F1
As entrevistas dos pilotos depois da sprint do GP de São Paulo, ocorrida na tarde de ontem em Interlagos que acabou com George Russell (Mercedes) na ponta, deram um tom digno de uma prova decisiva na temporada da Fórmula 1.
Teve quase de tudo: elogios ao Brasil, troca de farpas entre companheiros de equipe, lamentação por uso errado de pneus e a já tradicional escapada de questionamentos sobre momentos polêmicos.
As expectativas para a corrida de hoje, a partir das 15h (de Brasília), também apareceram. O UOL Esporte listou, abaixo, alguns momentos envolvendo os protagonistas do grid.
Lance Stroll (Aston Martin) foi um dos primeiros a aparecer na coletiva e resumiu: "Tenho que olhar a disputa de novo". Foi deste jeito que ele despistou uma pergunta sobre sua enroscada com o colega de escuderia Sebastian Vettel.
Na ocasião, o canadense fechou o tetracampeão, que acabou "pisando" na grama de Interlagos — Stroll tomou dez segundos de punição diante da manobra.
Vettel, aliás, minimizou o atrito do colega. "A gente acabou se encontrando, mas depois trabalhamos juntos. Passei ele e outros carros. Parecia que eu estava cuidando melhor dos pneus nessa corrida mais curta, veremos se dá para levar isso para a corrida de amanhã", disse o alemão.
"Obrigado ao nosso amigo"
Outro "climão" entre companheiros de escuderia aconteceu entre Fernando Alonso e Esteban Ocon, da Alpine. Os dois se tocaram tanto na curva 4 quanto na reta principal, fato que danificou uma das asas dianteiras do espanhol.
O experiente piloto ironizou o francês já via rádio. "Muito obrigado ao nosso amigo", disse. Na coletiva, o tom foi um pouco mais amistoso.
"É uma pena para os mecânicos, talvez tenhamos perdido uma grande oportunidade porque o carro estava rápido. Mas temos a chance de pontuar. Vou tentar ajudar a equipe", falou Alonso.
Já Ocon se defendeu ao abordar o problema. "Tive um incidente na primeira volta que danificou meu carro e atrapalhou meu desempenho. Estava lutando com Norris, fiz minha linha normal e o Fernando [Alonso] estava lá, então não é ideal. Não tínhamos nos tocado neste ano. Temos que trabalhar juntos para a equipe e conseguir bons pontos."
"Dobradinha é a meta"
O dia, por outro lado, foi de festa para a Mercedes, que conseguiu fazer uma dobradinha com George Russell e Lewis Hamilton na sprint.
"Dá a impressão de vitória [em uma corrida normal] pela evolução da equipe. Lembro como sofremos na temporada e agora vamos largar em 1° e 2° amanhã. Vamos tentar manter essa evolução e ter um carro para lutar pelo campeonato no ano que vem. Nossa evolução é linear, já ultrapassamos a Ferrari em um bom ritmo e agora vamos atrás da Red Bull", festejou o jovem britânico.
O heptacampeão também se mostrou satisfeito com a minicorrida e aproveitou, citando a própria mãe, para agradecer ao carinho dos brasileiros — ele, aliás, ganhou título de cidadão honorário do país.
"O amor que eu recebi aqui é incrível. Eu estava no FaceTime com a minha mãe e ela disse que não conseguia acreditar como eu poderia receber tanto amor em um país tão longe do nosso. Ela queria agradecer. A torcida em geral é empolgada por estar aqui, empolgada para a corrida", iniciou Hamilton antes de falar sobre a evolução da Mercedes.
"Quando você progride, é igual uma montanha — e tem sido uma montanha enorme para nós. Mas o topo da montanha não basta, temos de continuar subindo. Uma dobradinha é a meta máxima para a equipe."
"Não tinha aderência"
Max Verstappen (Red Bull), que iniciou a sprint na 2ª posição e fechou a etapa na 4ª posição, lamentou a utilização dos pneus médios — o holandês larga amanhã em 3° diante da punição a Carlos Sainz (Ferrari).
"Eu não tinha aderência e havia muita degradação na pista. Talvez usar os pneus médios não tenha sido a melhor ideia. A gente achava que o pneu seria melhor para a gente no fim da corrida, mas não foi o que aconteceu. Temos de analisar e ver o que dá para melhorar para amanhã", pontuou o bicampeão mundial.
Sergio Pérez (Red Bull) minimizou o fato de não ultrapassar o companheiro de equipe durante a sessão — ele briga pelo vice-campeonato e fechou a sprint em 5°.
"Acho que havia pouco tempo [para inverter posições] e a corrida importante é amanhã. Vamos lutar pela vitória com a Mercedes", falou o mexicano.
"Corrida perfeita"
O espanhol Carlos Sainz (Ferrari) ficou atrás apenas de Russell, mas largará em 7° por ter trocado parte do motor de seu carro.
Apesar disto, a avaliação do piloto diante da etapa teve clima otimista. "Me dá sensação positiva porque acho que fiz uma corrida perfeita, me defendendo do Lewis [Hamilton] e atacando na hora certa. As Mercedes estão mais rápidas, mas largando em 7°, acho que dá para chegar em 4° ou 5°".
Por fim, Charles Leclerc (Ferrari), que fechou na 6ª posição, ressaltou a corrida "defensiva" diante do desgaste do carro.
"No final, foi uma questão de limitar os danos, e foi o que a gente conseguiu hoje. Vamos largar em uma posição melhor e ver o que é possível fazer", afirmou o monegasco.
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