Topo

Não é só Copa: Marrocos terá representante na elite do surfe pela 1ª vez

Ramzi Boukhiam, o primeiro surfista de Marrocos a fazer parte da elite do surfe mundial - WSL / Daniel Smorigo
Ramzi Boukhiam, o primeiro surfista de Marrocos a fazer parte da elite do surfe mundial Imagem: WSL / Daniel Smorigo

Marcello De Vico

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

14/12/2022 04h00

A inédita classificação para uma semifinal de Copa do Mundo não é o único motivo de alegria para os marroquinos nesse fim de ano no esporte. No surfe, o país também fez história e agora terá um representante na elite do campeonato mundial em 2023: Ramzi Boukhiam.

A classificação foi confirmada no início do mês, com a disputa do Haleiwa Challenger, no Havaí. Com os resultados da última competição do ano, Ramzi terminou a temporada na quinta colocação do Challenger Series, ficando assim como uma das dez vagas para o CT.

Ramzi Boukhiam, de 29 anos, nasceu em Marrocos e é filho de pai marroquino e mãe holandesa. Ele passou os primeiros anos de vida em Agadir, cidade costeira onde aprendeu a surfar.

Depois de perder o pai ainda adolescente, Ramzi se mudou com a mãe e o irmão para Saint Jean de Luz, na França, ficando assim mais próximo ao epicentro do surfe europeu.

Em 2012, atingiu seu primeiro grande feito no surfe ao vencer o campeonato júnior europeu. No ano seguinte, foi vice do mundial sub-21 ao perder para um tal de Gabriel Medina na decisão. Em 2020, desbancou os brasileiros Jadson André e Weslley Dantas na semi e na final, respectivamente, e venceu o Oi Hang Loose Pro Contest (QS 5000) em Fernando de Noronha (foto abaixo).

Primeiro surfista marroquino a competir na elite, Ramzi volta a fazer história depois de um ano. Em 2021, ele representou Marrocos nos Jogos Olímpicos e teve a honra de ser porta-bandeira de seu país na competição.

Ramzi Boukhiam, surfista de Marrocos - WSL / Daniel Smorigo - WSL / Daniel Smorigo
Imagem: WSL / Daniel Smorigo

Dois brasileiros garantem vaga na elite

Entre os dez homens classificados para a elite pelo Challenger Series, dois deles são brasileiros: Michael Rodrigues, sexto colocado e que fez parte do CT em 2018 e 2019, e João Chianca, o Chumbinho, irmão de Chumbo, ex-BBB, que ficou com o oitavo lugar e volta à primeira divisão depois de ter perdido a vaga na elite no novo corte do meio do ano.

Em busca de mais um título mundial, o Brasil terá 11 representantes na elite em 2023, sendo dez surfistas no masculino e apenas uma no feminino (Tatiana Weston-Webb).

Além de Michael Rodrigues e João Chianca, completam o time brasileiro masculino os surfistas Gabriel Medina, Filipe Toledo, Italo Ferreira, os irmãos Miguel e Samuel Pupo, Caio Ibelli, Jadson André e Yago Dora.