Probabilidade do afastamento do skate olímpico é grande, diz Bob Burnquist
Um dos maiores nomes do skate no Brasil, Bob Burnquist, demonstrou preocupação com relação à modalidade nas Olimpíadas.
Em uma entrevista para o UOL, ele citou que há a possibilidade de haver um afastamento do skate olímpico.
O QUE ELE DISSE
- "A razão de eu ter ido para a eleição da CBSK, junto com o Duda Musa, atual presidente, é que quando o skate se tornou olímpico, a CBSK teve de se ajustar a algumas burocracias ao se filiar à World Skate."
- "Agora, tem uma pressão que é o Merger (fusão em inglês), de unir a CBSK com outras federações de patins. É óbvio que isso não funciona e é óbvio que não é para ser assim."
- "Está tendo uma pressão da World Skate, que foi a razão de a gente desplugar no evento do Rio e surgir a movimentação do No Merger para não ter a fusão."
- "Se isso continuar, a probabilidade do afastamento do skate olímpico é grande, ao menos no Brasil. Quem sabe se pode acontecer no mundo todo?"
- "A gente já teve uma Olimpíada, o skate já foi presente, fez bonito. Esse lado burocrático tem de ser resolvido e eu acho que é certa essa luta do No Merger. Tem de ficar de olho e esperto com isso."
Quando o skate foi aprovado para ser uma modalidade olímpica, ele precisava estar associado a uma federação. Como ela não existia — e ainda não existe —, a modalidade se associou a WS (World Skate), que originalmente é uma federação de patins.
O Brasil, junto com outras confederações, encabeça a campanha "No Merger" (sem fusão), que é contrária à pressão da WS para que haja uma fusão entre o skate e o patins em cada país.