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Justiça marca primeira audiência do assassinato do lutador Leandro Lo

Leandro Lo foi morto com um tiro na cabeça em agosto do ano passado - Reprodução/Instagram
Leandro Lo foi morto com um tiro na cabeça em agosto do ano passado Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

17/01/2023 09h58

A Justiça de São Paulo marcou para dia 3 de fevereiro a primeira audiência de instrução sobre a morte do lutador de jiu-jitsu Leandro Lo.

Lo foi morto pelo policial militar Henrique Velozo com um tiro na cabeça em agosto do ano passado.

O juiz ouvirá testemunhas da acusação e da defesa na audiência de instrução, realizada no Fórum Criminal da Barra Funda.

O que aconteceu:

  • O crime ocorreu durante uma festa no Clube Sírio, em São Paulo, após uma confusão entre o lutador e o PM.
  • Velozo está preso no presídio Romão Gomes, na capital paulista.
  • O PM virou réu por homicídio triplamente qualificado.
  • A defesa de Henrique Velozo, que preferiu ficar em silêncio em seu depoimento à polícia, disse que o PM agiu em legítima defesa ao ser cercado por Leandro Lo e seus amigos.

A briga

Segundo o depoimento de um amigo de Leandro, o PM abordou Lo e colocou copos vazios em suas mãos. O ato, visto como uma provocação, incomodou o campeão mundial, que relatou o incômodo ao amigo. Imediatamente após essa provocação, ainda segundo a testemunha, Velozo voltou à mesa de Lo, pegou uma garrafa de uísque e a ergueu, em "nítida provocação" ao lutador. Segundo as testemunhas, o campeão de jiu-jítsu então derrubou o PM e posicionou-se sobre o peito do policial.

"O autor [Henrique Velozo], após se levantar, caminhou alguns metros em sentido oposto ao de Leandro, dando indícios de que a desavença havia cessado e que deixaria o lugar, todavia, de maneira brusca e inesperada, sacou uma arma de fogo que levava consigo sob suas vestes, presa ao cós de sua calça, voltou-se para a vítima e disparou contra a sua face, alvejando-a na testa", afirma o relatório da polícia, descrevendo o relato de uma das testemunhas.