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Mulher de Daniel Alves é alvo de ataques: 'Cúmplice de estuprador'

Joana Sanz, esposa de Daniel Alves - Reprodução/Instagram
Joana Sanz, esposa de Daniel Alves Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

27/01/2023 15h01

Joana Sanz, esposa de Daniel Alves, compartilhou em suas redes ataques que vem recebendo desde que o jogador foi preso preventivamente, na última sexta-feira (20).

O brasileiro, que não tem direito à fiança, foi acusado de estuprar e agredir uma mulher em uma balada em Barcelona no dia 30 de dezembro.

Algumas mensagens que Joana recebeu:

  • "Você tem um marido estuprador!";
  • "Imbecil, magra, idiota, cadela falante";
  • "Agora você pula do navio que está afundando como a porra do rato que você é, você é apenas uma prostituta qualquer, foi expulsa da prostituição, vadia, ele é tão baixo quanto você";
  • "Você vai aturar o estuprador sendo corna? Ou melhor deixá-lo e mostrar que você se aproximou dele pelo dinheiro?";
  • "Me dê seus OnlyFans para que eu possa ajudá-la a viver";
  • "Cúmplice de estuprador".
Joana Sanz expõe mensagens de ódio que vem recebendo - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Joana Sanz expõe mensagens de ódio que vem recebendo
Imagem: Reprodução/Instagram

O que aconteceu:

  • Daniel Alves foi prestar depoimento sozinho na sexta. Ele deu sua versão diante da juíza Maria Concepción Canton Martín, mas caiu em contradição com relação ao primeiro depoimento;
  • O Ministério Público e a defesa da mulher que denunciou a agressão sexual pediram prisão provisória e a juíza aceitou o pedido, sem direito a fiança;
  • O Pumas (MEX) rescindiu seu contrato com Daniel Alves por justa causa depois da detenção;
  • O brasileiro vai ficar preso até a investigação terminar. Autoridades espanholas estão tomando depoimento de testemunhas, fazendo a perícia do local e avaliando os exames médicos;
  • Ele pode pegar até 12 anos de prisão se julgado culpado.

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.