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Mundial de surfe dá vagas olímpicas, mas deixará brasileiro campeão de fora

Filipe Toledo, Gabriel Medina e Italo Ferreira, os brasileiros campeões mundiais que estão no Circuito de 2023 - Thiago Diz/World Surf League via Getty Images
Filipe Toledo, Gabriel Medina e Italo Ferreira, os brasileiros campeões mundiais que estão no Circuito de 2023 Imagem: Thiago Diz/World Surf League via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

28/01/2023 04h00

O Circuito Mundial de Surfe 2023 começa amanhã com a primeira etapa da temporada em Pipeline, no Havaí. Além da disputa pelo título mundial deste ano, os surfistas brigam por vagas nas Olimpíadas de Paris-2024.

Os 10 primeiros do ranking masculino no fim de 2023 e as oito primeiras do feminino estarão classificados para os Jogos Olímpicos.

O limite é de duas vagas por país por gênero e já define que ao menos um dos brasileiros campeões mundiais ficará sem a vaga via Circuito: Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipe Toledo.

Mas quem ficar sem a vaga dada no Circuito ainda terá outras chances de se classificar para as Olimpíadas, como no ISA Games. O limite era de dois surfistas do mesmo país por gênero em Tóquio-2020, mas subiu para três em Paris-2024.

O surfe não será disputado na capital francesa, e sim na famosa onda de Teahupo'o, na Polinésia Francesa, a mais de 15 mil quilômetros da França.

Brasileiros no Circuito Mundial:

  • Medina é o maior nome do surfe na atualidade e tricampeão mundial.
  • Italo foi campeão mundial em 2019 e ganhou a medalha de ouro em Tóquio.
  • Filipinho é o atual campeão mundial e defende o título conquistado em 2022.
  • O Brasil tem outros representantes no Circuito em 2023: Miguel Pupo, Caio Ibelli, Samuel Pupo, Yago Dora, Jadson André, João "Chumbinho" Chianca e Michael Rodrigues. Os dois últimos se classificaram para a elite através da divisão de acesso, enquanto os demais se mantiveram no Circuito no ano passado.
  • Tatiana Weston-Webb é a única representante brasileira no feminino. Ela foi quarta colocada em 2022 e é uma das favoritas a conquistar uma vaga em Paris-2024.
Tatiana Weston-Webb, única brasileira no feminino - Damien Poullenot/World Surf League - Damien Poullenot/World Surf League
Tatiana Weston-Webb, única brasileira no feminino
Imagem: Damien Poullenot/World Surf League

O que eles falaram sobre a briga pelas vagas:

Estou feliz em estar no Havaí de novo. Para mim é um ano muito especial, porque é de classificação para as Olimpíadas e, claro, quero ganhar mais um título mundial" Gabriel Medina

Meu objetivo é um só: ser campeão do mundo. A classificação para as Olimpíadas é uma consequência desse título. Antecipar as coisas é pior. A pressão não é para mim. Eu já conquistei uma medalha olímpica. A pressão fica com os caras que querem se classificar para ter uma medalha" Italo Ferreira, ao UOL Esporte

Estou bastante focado no Circuito Mundial e o meu objetivo é o bicampeonato. Tenho de focar todos os meus esforços para conseguir a vaga e realizar o meu sonho de disputar as Olimpíadas em 2024" Filipe Toledo

O calendário do Circuito Mundial de 2023:

Todos os surfistas disputam as cinco primeiras etapas. No meio da temporada, ocorre o corte. Só seguem para as cinco etapas restantes do ano 24 atletas do masculino e 12 do feminino. Apenas o top 5 disputa o título mundial no WSL Finals.

  • Pipeline (Havaí) - 29 de janeiro a 10 de fevereiro
  • Sunset (Havaí) - 12 a 23 de fevereiro
  • Portugal - 8 a 16 de março
  • Bells Beach (Austrália) - 4 a 14 de abril
  • Margaret River (Austrália) - 20 a 30 de abril, última etapa antes do corte
  • Surf Ranch (EUA) - 27 e 28 de maio
  • El Salvador - 9 a 18 de junho
  • Saquarema (Brasil) - 23 de junho a 1 de julho
  • J-Bay (África do Sul) - 13 a 22 de julho
  • Teahupo'o (Taiti) - 11 a 20 de agosto
  • WSL Finals (EUA) - 7 a 15 de setembro