Jogadores de rúgbi são condenados por morte de jovem na Argentina
A Justiça argentina emitiu cinco sentenças de prisão perpétua, e outras três, de 15 anos de prisão, pelo homicídio de Fernando Báez Sosa, que foi espancado até a morte há três anos, ao sair de uma boate.
O veredito foi lido em um tribunal na cidade de Dolores, na presença dos pais da vítima e dos oito jovens jogadores de rúgbi condenados por homicídio duplamente qualificado.
Entenda o caso:
- O homicidio aconteceu em uma briga entre dois grupos de jovens na boate Le Brique, no bairro Villa Gesell;
- Segundo testemunhas, Báez Sosa queria separar uma briga entre um de seus amigos e um dos jovens jogadores. Por causa da disputa, todos foram expulsos do local;
- Enquanto esperava do lado de fora do clube com alguns amigos, eles foram atacados pelas costas pelos atletas de rúgbi;
- Durante o ataque Báez Sosa foi espancado até desmaiar e depois recebeu chutes para a cabeça;
- De acordo com testemunhas, os agressores chamaram Báez Sosa - cujos pais, pedreiro e cuidadora, são imigrantes paraguaios - de "preto de merda";
- Segundo a autópsia, ele morreu por conta de um "forte traumatismo craniano".
Máximo Thomsen, Enzo Comelli, Matías Benicelli, Ciro Pertossi e seu irmão Luciano Pertossi foram condenados à prisão perpétua como co-autores de homicídio duplamente qualificado e agravado por premeditação.
Condenados como "participantes secundários" no ataque, Ayrton Viollaz, Blas Cinalli e Lucas Pertossi (primo de Ciro e Luciano) foram condenados a 15 anos pelo crime.
O julgamento começou no dia 2 de janeiro e teve se veredito revelado hoje (06). Fernando Báez Sosa tinha apenas 18 anos na época e planejava cursar Direito na Universidade de Buenos Aires (UBA).
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