Super Bowl: Reinvenção dos Eagles teve aposta em Jalen Hurts
O Philadelphia Eagles enfrenta o Kansas City Chiefs no Super Bowl LVII —neste domingo, às 20h30 (de Brasília)— em busca do segundo título de sua história. A primeira conquista foi há cinco anos. O time desta temporada tem um protagonista em ascensão: o quarterback Jalen Hurts.
Hurts chegou em 2020 para ser reserva. O time tinha Carson Wentz como titular. Mas os Eagles perceberam que, para retornar à grande decisão da NFL, não deveriam insistir na mesma fórmula de 2017. Era necessário se reinventar.
Uma franquia em crise de identidade
O título do Super Bowl LII foi épico: os Eagles venceram três jogos dos playoffs apesar de serem zebra nas casas de apostas. O problema foi o que veio depois.
Wentz, que não jogou os playoffs de 2017 por causa de lesão, retomou a titularidade no ano seguinte, mas nunca alcançou seu melhor nível.
O técnico Doug Pederson teve problemas de gestão de grupo. O time só venceu um jogo de pós-temporada em dois anos. Os pilares da franquia chegaram a 2020 pressionados.
A seleção de Jalen Hurts no Draft adicionou mais um ingrediente ao drama em Philadelphia. Wentz se sentiu ameaçado e caiu ainda mais de rendimento. O time teve uma das piores campanhas da NFL e Pederson foi demitido.
Os Eagles deram chance a Hurts como titular no ano seguinte. Foi o primeiro passo da renovação em Philadelphia.
Situação ideal
Além de decidir que Hurts seria o novo QB, os Eagles contrataram o técnico Nick Sirianni. Ele não tinha experiência como treinador principal.
As casas de apostas projetaram os Eagles como o quarto pior time da NFL em 2021. Mas a franquia quebrou prognósticos e conquistou uma vaga nos playoffs. Hurts teve temporada sólida, com 16 touchdowns e nove interceptações.
O sucesso precoce da parceria Hurts-Sirianni credenciou a franquia a apostar alto em 2022. O time trocou sua escolha de primeira rodada no Draft pelo wide receiver A.J. Brown, ex-Tennessee Titans. Nomes importantes também chegaram para a defesa e viraram pilares da unidade, como Haason Reddick, James Bradberry e C.J. Gardner-Johnson.
A produção de Hurts explodiu. Ele lançou 22 touchdowns, correu para outros 13 e reduziu seu número de interceptações. Saiu de um QB sólido para finalista na votação de MVP.
O ambiente foi propício para o crescimento de Hurts. A linha ofensiva é uma das melhores da NFL. Brown e a jovem estrela DeVonta Smith ultrapassaram as 1.000 jardas recebidas. O jogo terrestre funcionou com Miles Sanders. E a defesa, segunda melhor da liga em jardas totais, torna o trabalho ofensivo mais fácil.
Cinco anos depois do último título, o Eagles chega ao Super Bowl como um time completo.
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