Kelly Slater quer estrear nas Olimpíadas aos 52 anos: 'Estaria nas nuvens'

O surfista Kelly Slater quer disputar as Olimpíadas de Paris-2024, quando terá 52 anos. Foi o que ele disse em entrevista exclusiva ao UOL. É um dos últimos planos da carreira de mais de três décadas do maior surfista de todos os tempos.

O surfe será disputado na famosa onda de Teahupo'o, na Polinésia Francesa, apesar da sede dos Jogos ser na capital da França. É uma onda com tubos que favorece o estilo atual de Kelly e onde ele já obteve muitas vitórias.

Se você for escolher uma onda no mundo para ter as Olimpíadas e fazer toda vez, seria Teahupo'o. É realmente o lugar perfeito. Se eu pudesse fazer parte desse time, estaria nas nuvens" Kelly Slater

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Para ou continua?

O 11 vezes campeão mundial convive há anos com a mesma pergunta: quando vai se aposentar? Kelly está cansado. Ele disse isso na segunda temporada da série "Make or Break: na crista da onda", que estreia no Apple TV+ em 17 de fevereiro e acompanha os surfistas do Circuito Mundial.

O americano também respondeu se a temporada 2023 será a última da carreira dele caso não se classifique para as Olimpíadas. O Circuito de 2023 dará vagas em Paris-2024 para os 10 mais bem colocados no ranking (com limite de duas vagas por país) no fim do ano. Caso fique fora, Kelly tem a chance de conquistar a vaga pelo ISA Games.

Veja o que Kelly Slater falou ao UOL:

UOL: Você disse na série que estava cansado no ano passado, talvez seu último ano inteiro competindo. O que mudou, o que faz você continuar neste ano?

Kelly Slater: A recompensa para mim é que as Olimpíadas estão aí. Estou vendo se posso entrar nessa conversa e entrar para o time olímpico. Eu realmente preciso me esforçar e surfar bem este ano e levar isso a sério. Ter o equipamento certo, colocar minha mente no lugar certo, estar totalmente comprometido ao tempo que tenho no Circuito mais uma vez para ver se consigo. Eu já surfei em muitos campeonatos por muito tempo e, sim, estou cansado.

Você falou sobre as Olimpíadas. Vai ser em Teahupo'o. Você ficou mexido pelo lugar ou não importa o lugar para você?

Não, o lugar é importante. As Olimpíadas em Teahupo'o são muito mais interessantes para mim do que no Japão. Teahupo'o é uma das ondas mais incríveis do mundo. Eu acho que, se você for escolher uma onda no mundo para ter as Olimpíadas e fazer toda vez, seria Teahupo'o. É realmente o lugar perfeito. Se eu puder fazer parte desse time, estaria nas nuvens. Mas eu tenho trabalho a fazer entre agora e depois.

Você costuma se dar bem naquela onda...

Eu ganhei muitos eventos lá, acho que ganhei lá umas cinco ou seis vezes. Portanto, é um bom presságio da minha história e das minhas melhores habilidades. Então, tenho dito que acho que tenho mais dificuldade para entrar no time do que para ganhar uma medalha de ouro. Acho que minhas chances são melhores de ganhar uma medalha do que entrar para o time agora, porque o circuito é longo, é uma luta e há alguns caras realmente bons dos Estados Unidos. Obviamente, você tem John John Florence, Griffin Colapinto e você tem alguns caras novos surgindo dos EUA. Eu tenho que estar entre os dois primeiros para entrar no time. Se eu puder fazer isso, então Teahupo'o. Vou relaxar em Teahupo'o.

Se você não se classificar para as Olimpíadas, esta vai ser sua última temporada? Você já pensou sobre isso ou ainda não?

Muito possivelmente. Eu ainda não tomei essa decisão. Não tenho certeza... É um "não", apenas pensei que não tenho certeza, mas há uma boa chance disso.