Países assinam documento contra volta da Rússia a competições olímpicas
Colaboração para o UOL, em Maceió
25/02/2023 10h37
Seis países assinaram nesta semana uma declaração reforçando a posição contrária à volta da Rússia e da Bielorrússia às competições internacionais. A iniciativa, liderada pela Ucrânia, teve a adesão dos ministros do Esporte da República Checa, Estônia, Lituânia, Letônia, Polônia e Eslováquia.
O documento é uma resposta a uma declaração do Comitê Olímpico Internacional datada de 25 de janeiro deste ano publicada no site Inside The Games que continha disposições abrindo a oportunidade para atletas da Rússia e da Bielorrússia retornarem às arenas esportivas internacionais, inclusive para a participação nos próximos Jogos Olímpicos.
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Mesmo com o COI tendo confirmado em comunicado publicado no último dia 22 que reforçou a manutenção das sanções à Rússia e a Bielorrússia devido à guerra na Ucrânia, os representantes reforçaram que uma possível participação de atletas russos e bielorrussos seria um sinal errado e a suspensão das sanções seria uma violação dos princípios da Carta Olímpica.
"Dado que a discussão sobre as sanções contra a Rússia e a Bielorrússia no campo do esporte continua em nível internacional, nós, como representantes dos países vizinhos, somos mais obrigados do que outros a defender a posição de impedir que a Rússia e a Bielo-Rússia participem de competições esportivas internacionais. em qualquer forma", afirma o documento.
Os países afirmam ainda que "com base em nossa experiência histórica, estamos profundamente convencidos de que o relaxamento da proibição aplicada há um ano seria um sinal errado".
O COI, por sua vez, afirma que as sanções contra a Rússia e a Bielo-Rússia continuam em vigor e que a possibilidade de permitir que atletas desses países participem de competições em posição neutra será considerada.
Sanções aplicadas
A entidade deixou os dois países de fora da organização e participação de qualquer evento esportivo no cenário internacional após a invasão russa à Ucrânia em fevereiro do ano passado. Também foi mantida a proibição da exibição de bandeiras, hinos e outros símbolos em competições.