Artista visual, filho de Maguila fala sobre ser gay, preto e gordo
Junior Ahzura, filho do pugilista Maguila, falou sobre episódios de bullying, racismo e preconceito que tem enfrentado ao longo da vida.
Baleia. "Na pré-escola tive o primeiro caso, eu estava no prezinho e começaram a me chamar de baleia (...) Minha mãe viu que eu estava triste e em casa eu contei. Ela só me falou: 'Você é gordo e isso não é um problema'. A partir dali, passei a não ligar para quem me chamava de gordo".
Gordinho viado. "Sempre fui um gordinho viado, era nerd também, ainda sou. Mas fui uma criança viada. Eu era muito gay e desde pequeno. E me zoavam muito porque eu era gordo, e depois porque eu era uma bichinha e minha voz não tinha engrossado como a dos outros meninos (...) Não foi fácil. Mas fiz a mesma coisa quando decidi que eu era gordo e pronto. Até me zoavam muito mais por ser gordo".
Cabelo duro. "Estudei numa universidade tradicional, dentro de uma aristocracia imensa em São Paulo e no meu grupo de amigos tinha muitos bolsistas do Prouni. Uma vez, um colega veio me questionar se eu era bolsista. Eu disse que não e quis saber o porquê da pergunta. Ele disse que, como meus amigos eram da periferia, e eram bolsistas que eu também poderia ser. Mas insisti na pergunta. Aí ele falou: 'É só olhar pra você, seu cabelo é duro'".
Quem é Junior Ahzura
- Ele tem 31 anos e é o filho caçula do pugilista brasileiro Maguila.
- É autor e apresentador do podcast Gordosfera, onde deu as declarações acima.
- Usa a internet para lutar contra o preconceito e o racismo e promover a aceitação de corpos e da sexualidade.
- É artista visual e tem muitos trabalhos artísticos com o tema gordofobia.
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