'Você é igual homem': TV mostra novos vídeos de surfista socando mulher
O surfista brasileiro JP Azevedo afirmou que a americana Sara Taylor é "igual homem" após agredi-la em uma praia de Bali, na Indonésia.
O que aconteceu
Novas gravações mostram como o capixaba reagiu ao ser confrontado por ter socado a surfista no rosto. Os vídeos foram divulgados pelo Jornal Nacional, da TV Globo.
"Você é igual homem. Não sabia que não era homem", disparou JP Azevedo. A cena se deu quando eles já estavam em solo.
A discussão em terra ocorreu depois que ele foi questionado se "gostava de socar o rosto de uma mulher" pela amiga de Sara.
Charlie McHarg estava filmando o rosto do brasileiro, que se irritou. Ele tentou afastar o celular e acertou as duas mulheres na sequência.
Agressão em Bali
A surfista norte-americana Sara Taylor foi agredida diversas vezes por JP Azevedo em uma praia de Bali. As imagens das cenas rodaram as redes sociais e mobilizaram a comunidade do surfe.
Os registros mostram que brasileiro a agrediu no rosto no mar após ela ter disputado uma onda com o amigo do capixaba. Ele ainda desferiu socos e pontapés ao ser confrontado em solo e também acertou a amiga da surfista, Charlie.
O surfista que disputou a onda com Sara, Adriano Portela, negou que a tenha agredido fisicamente. Ele se manifestou pelo Instagram e pediu desculpas pela forma como falou com ela e com a amiga.
JP Azevedo se pronunciou e disse estar arrependido, mas afirmou que também foi agredido e reclamou que o vídeo compartilhado pela mulher nas redes sociais foi editado. O capixaba pediu que a íntegra da gravação seja publicada para que "todos pudessem entender o que aconteceu".
Kelly Slater, Gabriel Medina, Filipe Toledo e outras referências do surfe repudiaram o episódio. A Quebra Onda, marca de surfwear que patrocinava JP Azevedo, disse que encerrou o vínculo com o surfista.
Surfista agredida diz que registrou BO
Sara Taylor afirmou que registrou um boletim de ocorrência contra JP Azevedo e Adriano Portela em Bali, na Indonésia. A mulher contou ao g1 que já procurou as autoridades locais e que deseja que os brasileiros "paguem" pelos atos
Ela disse que enfatizou para a polícia que não foi a primeira vez que o surfista capixaba bateu em mulheres. A americana de 32 anos também comentou que viu o relato da ex-namorada de JP de Azevedo sobre o episódio de violência doméstica que teria acontecido em 2019.
A americana disse ter ficado em "choque" com a agressão, mas ponderou que continuou surfando por cerca de uma hora para não se sentir derrotada. A mulher lamentou que outras pessoas presentes no local não tenham tentado ajudá-las, nem segurar JP Azevedo.
A americana desabafou que o episódio poderia ter sido "muito pior" e que Adriano Portela correu atrás dela e da amiga. "Eu espero algum tipo de justiça seja feita", completou a surfista.
Acusação de ex-namorada
Carolina Braga alegou que foi vítima de violência doméstica por parte de JP Azevedo há três anos. Ela disse que namorou com o surfista entre 2018 e 2019.
A mulher afirmou que terminou com ele após ter sido espancada e ir a um hospital com traumatismo craniano.
Carolina desabafou que decidiu se pronunciar após ver as imagens do ex-namorado agredindo a surfista americana. Ela explicou que não expôs o caso antes por ter ficado com vergonha, principalmente de sua filha, e que chegou a ficar três meses isolada até as marcas da violência sumirem.
A filha, Loren, disse que o lugar do surfista "é na cadeia" e manifestou apoio à mãe.
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