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Ex-namoradas relatam agressões de surfista que socou uma mulher em Bali

Novos vídeos mostram JP Azevedo agredindo surfista em Bali - Reprodução
Novos vídeos mostram JP Azevedo agredindo surfista em Bali Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo (SP)

09/04/2023 22h54

Três mulheres que afirmam ter namorado JP Azevedo acusam o surfista de violência doméstica.

O que aconteceu

As ex-namoradas relataram ao Fantástico que foram agredidas por JP Azevedo no passado. Os depoimentos ocorrem após o capixaba de 39 anos agredir uma surfista americana em Pandawa Beach, na Indonésia.

Elas detalharam as agressões e comentaram o trauma causado pelo surfista. Uma delas é Carolina Braga, outra não foi identificada e a terceira foi apresentada como Glória.

Carolina Braga disse que levou uma surra muito forte e que quis se matar após a agressão, que teria acontecido em 2019. Ela apontou que registrou um B.O. contra JP Azevedo e que eles nunca mais se viram de novo.

A mulher não identificada comentou que ele atirava objetos nela e que ficou muito chocada ao ver as imagens da agressão em Sara Taylor. Segundo ela, a relação entre eles durou quase três anos.

Glória afirmou que ele a ameaçou de morte e que ela bateu a nuca contra um banco depois de ser atingida por JP Azevedo. Ela falou que ele ficava "transtornado", que pediu uma medida protetiva contra o surfista e que ele "não vai parar enquanto não for preso".

O que elas disseram

Carolina Braga: "Foi uma surra, muito forte. Senti muita vergonha, tristeza, chorei muito, quis me matar. Foi muito dificil."

Mulher não identificada: "Eu tive uma relação durante quase três anos. Lembro de varios momentos que ele atirava coisas, chegou a quebrar quatro celulares. Me batia, sim, me empurrava, me chutou diversas vezes, me agrediu. Eu fiquei muito muito chocada quando vi [as imagens]. Disparou o mesmo sentimento, como se eu tivesse tomado o soco."

Gloria: "Eu estava com as minhas amigas e ele chegou já transtornado, me ameaçando, levantou uma cadeira, disse que ia me matar. Fui até ele e disse: 'para'. Ele subiu a escada, pegou um impulso e me deu um pedalaço na barriga. Eu voei e bati com a nuca em um banco. Pedi a protetiva, claro, vi que era perigoso. Ele não vai parar enquanto não for preso."

Agressão em Bali

jp - Reprodução - Reprodução
Novos vídeos mostram JP Azevedo agredindo surfista em Bali
Imagem: Reprodução

A surfista norte-americana Sara Taylor foi agredida diversas vezes por JP Azevedo em uma praia de Bali. As imagens das cenas rodaram as redes sociais e mobilizaram a comunidade do surfe.

Os registros mostram que brasileiro a agrediu no rosto no mar após ela ter disputado uma onda com o amigo do capixaba. Ele ainda desferiu socos e pontapés ao ser confrontado em solo e também acertou a amiga da surfista, Charlie.

O surfista que disputou a onda com Sara, Adriano Portela, negou que a tenha agredido fisicamente. Ele se manifestou pelo Instagram e pediu desculpas pela forma como falou com ela e com a amiga.

JP Azevedo se pronunciou e disse estar arrependido, mas afirmou que também foi agredido e reclamou que o vídeo compartilhado pela mulher nas redes sociais foi editado. O capixaba pediu que a íntegra da gravação seja publicada para que "todos pudessem entender o que aconteceu".

Kelly Slater, Gabriel Medina, Filipe Toledo e outras referências do surfe repudiaram o episódio. A Quebra Onda, marca de surfwear que patrocinava JP Azevedo, disse que encerrou o vínculo com o surfista.

Surfista agredida diz que registrou BO

Sara Taylor afirmou que registrou um boletim de ocorrência contra JP Azevedo e Adriano Portela em Bali. A mulher contou ao g1 que já procurou as autoridades locais e que deseja que os brasileiros "paguem" pelos atos.

Ela disse que enfatizou para a polícia que não foi a primeira vez que o surfista capixaba bateu em mulheres. A americana de 32 anos também comentou que viu o relato da ex-namorada de JP de Azevedo sobre o episódio de violência doméstica que teria acontecido em 2019.

A americana disse ter ficado em "choque" com a agressão, mas ponderou que continuou surfando por cerca de uma hora para não se sentir derrotada. A mulher lamentou que outras pessoas presentes no local não tenham tentado ajudá-las, nem segurar JP Azevedo.

A americana desabafou que o episódio poderia ter sido "muito pior" e que Adriano Portela correu atrás dela e da amiga. "Eu espero algum tipo de justiça seja feita", completou a surfista.

Novas gravações mostram como o capixaba reagiu ao ser confrontado por ter socado a surfista no rosto. Os vídeos foram divulgados pelo Jornal Nacional, da TV Globo.

"Você é igual homem. Não sabia que não era homem", disparou JP Azevedo. A cena se deu quando eles já estavam em solo.

Acusação de ex-namorada

Carolina Braga alegou na semana passada que foi vítima de violência doméstica por parte de JP Azevedo há três anos. Ela disse que namorou com o surfista entre 2018 e 2019.

A mulher afirmou que terminou com ele após ter sido espancada e ir a um hospital com traumatismo craniano.

Carolina desabafou que decidiu se pronunciar após ver as imagens do ex-namorado agredindo a surfista americana. Ela explicou que não expôs o caso antes por ter ficado com vergonha, principalmente de sua filha, e que chegou a ficar três meses isolada até as marcas da violência sumirem.

A filha, Loren, disse que o lugar do surfista "é na cadeia" e manifestou apoio à mãe.

Defesa de Adriano Portela se manifesta

"Adriano Portela, através de seus advogados, esclarece que não agrediu qualquer pessoa e não compactua com qualquer tipo de agressão física. Ademais, apesar de inicialmente ter sido empurrado, não esteve presente no momento dos fatos divulgados porque estava olhando em direção oposta, conforme mostram as imagens.

E, da mesma forma, não presenciou os fatos ocorridos posteriormente, tendo ali chegado somente depois, como é possível verificar nas filmagens, que mostram Adriano saindo do mar. Aliás, nesta oportunidade, Adriano apenas ergueu a sua prancha para se defender ao perceber a confusão ao seu redor.

Salientando-se que Adriano não está e nunca esteve foragido, permanecendo à disposição das autoridades para fornecer quaisquer esclarecimentos, bem como que rechaça a leviana acusação de que tenha participado de qualquer agressão, esclarecendo que aqueles que eventualmente lhe imputarem fatos inverídicos responderão pela calúnia e/ou difamação propagadas", diz a nota oficial enviada ao UOL.