Topo

Entidade pede banimento de surfista brasileiro que agrediu mulher em Bali

Alexandre Araújo

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

21/04/2023 09h24

A União Brasileira de Mulheres (UBM) enviou à Confederação Brasileira de Surf um pedido para a desvinculação de JP Azevedo, que agrediu uma surfista em Bali.

O que aconteceu

A entidade enviou o documento ao Conselho de Ética da Confederação Brasileira de Surf apontando "condutas antiéticas, ilegais e contrárias as normativas desportivas".

No documento, é ressaltada a agressão de JP Azevedo contra a surfista norte-americana Sara Taylor.

Além disso, é citado ainda que "após a repercussão do caso, três mulheres que afirmam serem ex-namoradas de JP Azevedo o acusaram de violência doméstica".

É destacado o artigo 17 do Estatuto da Confederação, que fala em penalidades aos filiados "com o objetivo de manter a ordem desportiva, o respeito às regras de prática da modalidade".

Dentre as punições indicadas estão: "advertência, censura escrita, multa, suspensão, desfiliação e/ou desvinculação"

JP Azevedo nasceu no Espírito Santo e mora em Bali desde 2019.

Ele venceu vários campeonatos capixabas nas categorias iniciantes, mirim, júnior e profissional.

A União Brasileira de Mulheres é uma associação civil sem fins lucrativos fundada 1988. A entidade "luta pelos direitos e emancipação das mulheres, visando a construção de um mundo de igualdade contra toda opressão" e, atualmente, está em 25 estados, com 2690 filiadas.

A UBM presidida por Vanja Santos, foi representada pelos advogados Carlos Nicodemos e Maria Fernanda Cunha.

O caso

A norte-americana Sara Taylor foi agredida pelo capixaba JP Azevedo depois de uma disputa por onda em Bali. Ela levou um soco na cabeça.

Ela compartilhou um vídeo com as agressões, tanto no mar como na praia, em seu perfil no Instagram.

A comunidade do surfe conseguiu identificar o agressor com o apoio das redes sociais. Nomes como Kelly Slater e Filipe Toledo ajudaram a compartilhar o vídeo.

Sara relatou que foi atacada pelo amigo do surfista com quem disputou uma onda. Os registros mostram que um homem sem camisa a agrediu no rosto após ela ser "rabeada" por outro indivíduo.

O agressor ainda desferiu socos e pontapés ao ser confrontado na praia e também acertou a amiga da surfista, identificada como Charlie McHarg.

O surfista que disputou onda com Sara, Adriano Portela, negou que a tenha agredido fisicamente. Ele se manifestou no Instagram e pediu desculpas pela forma como falou com ela e a amiga.

A Quebra Onda, que patrocinava JP, anunciou nas redes sociais que rompeu contrato com o atleta depois da repercussão.