Brasil vai desfalcado ao Mundial de judô, mas vive expectativa por medalha
O Mundial de judô começa hoje, em Doha (Qatar), e o Brasil terá 18 atletas representando o país, entre eles a atual campeã Rafaela Silva.
A seleção vive expectativas por medalhas, mesmo com os desfalques de Daniel Cargnin e Mayra Aguiar, medalhistas olímpicos em Tóquio-2020.
O que aconteceu
A partir de hoje, 18 atletas brasileiros disputam o Mundial de judô em Doha, no Qatar.
A competição é importante para garantir pontos no ranking, já que os melhores garantem vaga para as Olimpíadas de Paris, em 2024.
O Brasil não deve repetir a campanha histórica do ano passado, quando conquistou quatro medalhas pela primeira vez em um Mundial: ouro de Rafaela Silva e Mayra Aguiar, prata de Beatriz Souza e bronze de Daniel Cargnin. Apesar disso, a expectativa por bons resultados ainda é boa.
Medalhistas nos Jogos de Tóquio, em 2021, Daniel Cargnin e Mayra Aguiar não estarão presentes no Mundial. Ambos estão tratando lesões: Mayra decidiu abrir mão da competição justamente para se recuperar de pequenos problemas, já Cargnin foi cortado de última hora após sofrer com dor lombar aguda causada por hérnia de disco e ser submetido a uma cirurgia.
Mesmo com os desfalques importantes, o Brasil ainda conta com estrelas como Rafaela Silva, que é número 1 do ranking e atual campeã do torneio, além de Beatriz Souza, Ketleyn Quadros e Rafael Silva, o Baby.
Adversário de peso
A novidade para o Mundial é o retorno de Teddy Riner, decacampeão do torneio e bicampeão olímpico. O francês volta à competição após um hiato de seis anos para tentar aumentar ainda mais sua vantagem como maior vencedor da história do torneio.
A seleção brasileira
Masculina
Willian Lima (66kg)
Guilherme Schimidt (81kg)
Eduardo Yudy Santos (81kg)
Rafael Macedo (90kg)
Giovani Ferreira (90kg)
Leonardo Gonçalves (100kg)
Rafael Buzacarini (100kg)
Rafael Silva (+100kg)
João Cesarino (+100kg)
Feminina
Natasha Ferreira (48kg)
Amanda Lima (48kg)
Convocados para competir por equipes mistas
Luana Carvalho (70kg)
Gabriel Falcão (73kg)
Rafaela Silva (57kg)
Jéssica Lima (57kg)
Ketleyn Quadros (63kg)
Gabriella Mantena (63kg)
Beatriz Souza (+78kg)
O que eles disseram
O UOL conversou com Marcelo Theotonio, gerente de Alto Rendimento da CBJ, e com a judoca Ketleyn Quadros. Ambos falaram sobre a preparação para o Mundial e as expectativas por bons resultados.
Importância do Mundial para as Olimpíadas: "O Campeonato Mundial soma pontos importantes na corrida para a classificação olímpica. Estamos trabalhando para que algumas categorias avancem na classificação olímpica. Mas, além de se classificarem para os Jogos, o foco é que cheguem preparados para disputarem medalhas nos Jogos Olímpicos", disse Marcelo.
Equipe diversa: "Mesmo sendo uma mescla de atletas mais jovens e atletas experientes, a sinergia é muito boa, todos têm o mesmo objetivo de vencer. Temos um time experiente com bastante de espírito de equipe, a troca é sempre positiva", acrescentou o dirigente.
Nível do Mundial: "Nós tivemos um resultado fantástico no Mundial do ano passado. Esse ano, em Doha, vai ser muito disputado. O calendário foi muito apertado, com muitas competições. Ficamos um mês e meio na Europa só treinando, então estamos bem preparados", afirmou Ketleyn Quadros.
Expectativas com o time brasileiro: "Minha expectativa é positiva, acredito na equipe do Brasil. Tivemos desfalques importantes, muito pela intensidade —um número de competições ltíssimos—, e a vontade de todos de estar bem. Então eu acredito na equipe que está aqui, só não tem chance de ter bom resultado quem está fora do Mundial", concluiu a atleta.
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