GP Brasil de Atletismo tem recorde nacional e vitória de líder mundial
A etapa final do Grande Prêmio Brasil Loterias Caixa de Atletismo foi recheada de vitórias brasileiras. O tempo chuvoso impediu uma evolução significativa das marcas, mas os atletas conseguiram manter bons resultados. O grande destaque foi Pedro Henrique Nunes, amazonense que bateu o recorde brasileiro no lançamento de dardo.
Pedro Henrique lançou o dardo a uma distância de 83,89m, bateu o recorde nacional e alcançou a sétima melhor marca do mundo em 2023. Julio Cesar era o antigo recordista, com 83,67m, conquistado por ele em 2015.
Atual líder do ranking mundial da prova de 800m, Dudu Ribeiro também foi destaque do GP Brasil. Ele confirmou seu favoritismo e foi o campeão da competição. Em sua terceira prova no ano, ele conseguiu novamente uma boa marca — 1min45s80 —, mas não superou o resultado do último domingo, quando se tornou o primeiro do mundo na atual temporada.
"Estou no caminho certo, brigando entre os três. Tenho condições para disputar o Mundial e os Jogos Pan-Americanos. Agora, vou competir na Europa, e lá espero melhorar meu ritmo." O objetivo de Dudu é correr na casa dos 1min44s.
O atleta de 22 anos foi descoberto aos 12 em um teste escolar em Lavras, Minas Gerais. A principal inspiração de Dudu é Joaquim Cruz, campeão olímpico nos 800m em Los Angeles-1984, com quem sempre troca mensagens.
O venezuelano José Antonio Maita fez a segunda melhor marca, 1min47s28. Janio Varjao, do Brasil, completou o pódio com 1min47s28.
Veja os outros resultados
Dobradinha brasileira nos 110m com barreiras
Os brasileiros Eduardo dos Santos e Gabriel Oliveira fizeram o primeiro e o segundo melhor tempo nos 110m com barreiras. O terceiro lugar ficou com o chileno Martin Saez.
Apesar da vitória, Eduardo diz que não fez uma boa prova por ter "comido além da conta no café da manhã". "Gostei do ritmo da prova. A presença do Gabriel aumenta a competitividade, e isso é legal. Mas o tiro de domingo (7) foi melhor. Hoje comi mais no café da manhã, não estou acostumado. Estou um pouco mal da barriga", afirmou em entrevista ao Canal Olímpico. "Estou confiante para as próximas competições. Esse será o melhor ano da minha vida".
Letícia em terceiro, mas Brasil no topo
Bronze no Mundial do ano passado, Letícia Oro era a expectativa para o dia, e saltou bem. Ficou na terceira posição com 6.37m. O primeiro lugar, entretanto, foi brasileiro: Lissandra Maysa Campos marcou 6.47m. A segunda melhor marca foi da colombiana Natalia Linares: 6.39m.
Letícia passou por cirurgia no ano passado, mas tem mostrado bons resultados. Lissandra, a campeã de hoje, é fã da amiga brasileira. "A Lissandra é uma ótima atleta, tem chance de chegar nos 7m. Espero que a gente possa competir juntas em outras competições", diz Letícia.
"Essa é minha segunda competição do ano e eu não gostei nada. Sei o que estou errando, estou errando as corridas e entrando muito atrás. Senti isso na prova, vou ajustar isso com meu treinador. O atleta nem sempre está no topo, mas agora é melhorar."
Lissandra, por outro lado, gostou do resultado: "Fiz minha média e pretendo voltar para, nas próximas competições, melhorar ainda mais o resultado. Saio com gostinho de quero mais".
"A Letícia é minha inspiração, ela mostrou que precisamos apenas de um alto para chegar lá".
Vitória Rosa vence 100 m feminino
Assim como no Torneio Internacional do último domingo (7), Vitória Rosa superou a derrota nos 200m e venceu Lorraine Barbosa. Ela completou a prova em 11s32. Lorraine veio em segundo, com 11s45, seguida pela equatoriana Angela Gabriela Tenorio, com 11s53. Ela falou com o UOL após a prova:
"Os resultados sempre oscilam. A cada ano que passa, eu venho evoluindo. Ao longo da temporada, alguma área se desenvolveu melhor. Esse ano parece que é os 100m. Estou muito feliz, pensando no Mundial. A ideia é querer sempre estar entre as primeiras."
Brasil domina 100m e 400m masculino
O brasileiro Rodrigo do Nascimento venceu a prova dos 100m com a terceira melhor marca do país neste ano, ao lado de Paulo André Camilo - 10s18. Carlos Andrés Palácios Murillo, da Colombia, veio na sequência com 10s26. Felipe Bardi, também do Brasil, completou o pódio com 10s34.
"Estou feliz. Sei que posso muito mais, tive uma boa experiência nos Estados Unidos. Estamos soltando aqui, está um pouco frio, mas corri bem. Poderia melhorar muito. Preciso ser consciente de que foi só um passo, o objetivo é lá na frente. O ano é muito longo, a temporada é muito longa. Não posso correr muito rápido agora sendo que os Jogos Pan-Americanos são em novembro. É quase um ano treinando, tem que ser muito bem planejado. Estamos no caminho certo, confio no meu treinador e no meu trabalho."
Nos 400m, Lucas da Silva Carvalho fez a melhor marca: 45s83. Em seguida, o venezuelano Kelvis José Villazana completou o percurso em 45s98. Também do Brasil, Douglas Mendes ficou em terceiro lugar, com 46s48.
"Eu estava treinando para chegar nos 45s, e foi bom. Reaqueci, estava com dor, e consegui um bom resultado. Foi ótimo", diz Lucas.
Brasil tem a maior marca da história no lançamento de dardo
O brasileiro Pedro Henrique conquistou a maior marca da história do Brasil no lançamento de dardo: 83,89m. A marca é histórica. Ele conquistou o primeiro lugar no GP do Brasil e é a sétima melhor marca do mundo em 2023.
O americano Donavan Keith Banks (77.27m) ficou com a prata e o brasileiro Bruno Rodrigues de Farias (64.57m) com o bronze.
Brasil tem dobradinha campeã no lançamento de disco
A dobradinha brazuca também foi realidade no lançamento de disco. Izabela Rodrigues da Silva e Andressa Morais atingiram a primeira e a segunda melhor marca - 61.04m e 58.50m respectivamente. A americana Micaela Hazlewood fechou o trio campeão com 56.61m.
Salto em altura também é do Brasil
O salto em altura masculino também foi protagonizado pelo Brasil: Fernando Carvalho Ferreira pulou 2.16m e fez a melhor marca do dia, seguido pelo argentino Carlos Daniel Lavoy (2.13m) e Gilmar Correa Palácios (2.10m), da Colômbia.
"Tentei saltar 2,20m depois dos 2,16m e senti que encaixei bem melhor a técnica aqui. É questão de ganhar ritmo para acertar resultados com o sarrafo mais alto. Esse ano é bem longo. O foco é o Mundial em Budapeste e o Pan. Vou competir ainda esse mês na Europa, e busco os melhores resultados possíveis", disse Fernando.
Arremesso de peso
Também teve dobradinha brasileira no arremesso de peso feminino, mas no segundo e no terceiro lugar. Quem venceu a prova foi a chilena Ivana Xenia Gallardo, com marca de 17.10m. Livia Avancini e Milena Jaqueline Sens, brasileiras, vieram na sequência com 17.04m e 16.18m respectivamente.
Entre os homens do arremesso de peso, a melhor marca foi do nigeriano Chukwuebuka Cornnell Enekwechi, que arremessou numa distância de 20.35m. O brasileiro Wellington Silva Morais foi o segundo colocado, com 20.35m, seguido pelo argentino Juan Ignacio Carballo (19.73m).
Brasileiras lideram 3.000m com barreiras
As brasileiras Tatiane Raquel da Silva e Simone Ponte Ferraz fizeram as melhores marcas dos 3.000m com barreiras. Tatiana completou o percurso em 9min43s15 e Simone veio na sequência, com 9min54s55. O terceiro lugar ficou com a argentina Carolina Lozano, que terminou a prova em 10min18s09.
Revezamento 4x100m feminino
O Brasil venceu também o revezamento 4x100 feminino. O grupo, formado por Anny Caroline de Bassi, Gabriela Silva Mourão, Lorraine Barbosa Martins e Ana Carolina de Jesus Azevedo completou o percurso em 43s84.
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