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Djokovic nega ser antivacina: 'Sou pró-escolha, defendo a liberdade'

Novak Djokovic durante partida contra Daniil Medvedev no ATP 500 de Dubai - AMR ALFIKY/REUTERS
Novak Djokovic durante partida contra Daniil Medvedev no ATP 500 de Dubai Imagem: AMR ALFIKY/REUTERS

Do UOL, em São Paulo (SP)

16/05/2023 08h48

O tenista Novak Djokovic negou ser antivacina ao relembrar os episódios que viveu na Austrália — no início do ano passado ele foi deportado do país e não disputou o Australian Open.

O que ele disse

Djokovic nega ser antivacina: "Eu sofri na minha pele, muitas pessoas apreciaram que eu permaneci constante. 95% do que foi escrito e dito na televisão sobre mim nos últimos três anos é completamente falso. Não sou antivacinação e nunca disse que sou, nem sou pró-vacina. O que sou é pró-escolha, defendo a liberdade de escolha. É um direito humano fundamental ser livre para decidir quais coisas injetar no corpo e quais não. No meu retorno da Austrália, expliquei isso na BBC, mas eles retiraram muitas frases, aquelas que não eram apropriadas. É por isso que nunca mais falei sobre essa história".

Problemas na Austrália: "Cumpri todas as regras e não coloquei ninguém em perigo, mas aí virei um caso político, que pôs em perigo o mundo. O sistema que a mídia forma exigia um alvo que se opunha ao mainstream e eles me converteram. Eles colocaram um rótulo completamente falso em mim, ainda me dá dor de estômago, fui marcado como persona non-grata. Afinal, quem enfrenta a grande mídia não tem chance. Muitas pessoas me decepcionaram, quando metade da sociedade está contra você é quando você vê a verdadeira face das pessoas".

As declarações de Djokovic foram dadas ao jornal italiano Corriere della Sera.

O que aconteceu

Djokovic entrou na Austrália no dia 5 de janeiro de 2022 sem se vacinar, apresentou uma isenção médica e alegou que testou positivo para covid-19 em 16 de dezembro.

Ao desembarcar no aeroporto, ele foi parado pela polícia alfandegária por não apresentar todos os documentos necessários para justificar a entrada no território australiano. Desta forma, o tenista passou a noite separado de sua equipe em uma sala do aeroporto de Melbourne e depois foi encaminhado para um hotel onde ficou confinado.

O sérvio teve o visto inicialmente cancelado por representar risco para a saúde pública, mas entrou na justiça e ganhou o direito de entrar no país.

O tenista foi julgado posteriormente e viu a justiça australiana rejeitar o recurso de sua defesa e manter a suspensão do visto de entrada no país. Ele foi deportado e não disputou o Australian Open.