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Corpo de fisiculturista morto no Chile por catapora volta ao Brasil

Raphael Casanova morreu de catapora no Chile - Reprodução/Instagram
Raphael Casanova morreu de catapora no Chile Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo (SP)

19/05/2023 09h29

O corpo de Raphael Casanova, soldador e praticante de fisiculturismo, chegará ao Rio de Janeiro nesta sexta-feira. Raphael contraiu catapora no Chile e faleceu aos 38 anos.

O que aconteceu

A família enfrentou dificuldades burocráticas e financeiras para trazer o corpo de Raphael para o Rio. Caso não conseguissem pagar o translado e obter os documentos necessários, Raphael corria o risco de ser enterrado como indigente no Chile.

O velório e o enterro serão realizados no sábado, no Cemitério de São Miguel, em São Gonçalo. A irmã de Raphael, Juliana Casanova, compartilhou o desfecho da batalha da família nas redes sociais. Ela convidou amigos para se despedirem de Raphael.

A família iniciou uma vaquinha para arrecadar fundos, e assim cobrir os custos do traslado do corpo para o Brasil.

Imigrante há seis anos

Raphael Casanova morava em Antofagasta, no Chile, há seis anos, em busca de melhores oportunidades de vida. Ele trabalhava como soldador, profissão que já exercia no Brasil.

O fisiculturismo se tornou uma grande paixão para Raphael desde que se mudou para o Chile. Embora não vivesse exclusivamente do esporte, ele levava a sério os cuidados com o corpo e participava de competições de fisiculturismo.

Raphael também compartilhava dicas sobre resultados físicos na academia, o que se tornou uma segunda fonte de renda para ele no Chile.

Em dezembro do ano passado, Raphael começou a notar os sintomas da catapora em seu corpo. Durante esse período, seu comportamento em relação à família no Brasil também mudou.

Raphael costumava ligar e fazer chamadas de vídeo regularmente com a família, mas suas comunicações diminuíram após a primeira recaída da catapora. Após um breve tratamento e consultas médicas, os sintomas da catapora desapareceram, e Raphael achou que estava totalmente recuperado.

No entanto, em março, um exame revelou que o vírus da catapora ainda estava ativo no corpo de Raphael, afetando seu rim e causando lesões cerebrais. Com a progressão da catapora, Raphael parou de procurar seus parentes em São Gonçalo e teve um desmaio em público devido a complicações da doença.

Ele foi levado ao hospital, mas retornou para casa após receber medicamentos. Durante uma das poucas interações com a família, Raphael parecia estar se despedindo, mencionando problemas de alimentação e constipação.