Tati Weston-Webb desabafa sobre Tóquio: 'Não tinha a dimensão da Olimpíada'
Tatiana Weston-Webb era uma das grandes promessas de medalha nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021, ano de estreia do surfe na maior competição esportiva do mundo. Apesar disso, ela acabou eliminada nas oitavas de final. Dois anos depois, Tati fez uma reflexão e falou ao UOL que não compreendeu a tempo a dimensão do evento e isso resultou na eliminação precoce.
Segundo a gaúcha, o sentimento era como se Tóquio fosse apenas mais uma etapa do Circuito Mundial de surfe. A ficha acabou caindo só após a derrota e, agora, ela quer fazer diferente nas Olimpíadas de Paris, no ano que vem.
"Demorou para entender que era uma coisa incrível. Depois que eu perdi, que veio a sensação: 'nossa, eu estou nas Olimpíadas'. Faltava um pouquinho disso quando eu estava lá em Tóquio para realmente pegar o sentimento que estar lá era uma coisa fora do normal, e ter o gás para fazer o meu melhor e ganhar", refletiu Tati.
A sensação foi estranha para a gaúcha, mas Tóquio-2020 realmente foi diferente de qualquer Olimpíadas da história. Por causa da pandemia de covid-19, o evento foi adiado em um ano e ocorreu em 2021 com muitas restrições e sem a presença de público.
A gente não teve nem a experiência de participar da Cerimônia de Abertura ou visitar a Vila Olímpica antes. Tudo isso iria fazer uma diferença no meu sentimento em relação ao evento. Era muito estranho, era como se fosse uma outra etapa no circuito. Conhecia todo mundo que estava lá na praia. Não senti que era uma coisa diferente. Senti que era um evento que estava rolando no meio do nada e que não tinha ninguém em volta".
Tatiana Weston-Webb
Já classificada para as Olimpíadas de Paris, Tati projeta um desempenho completamente diferente do que teve em Tóquio. Além de já compreender o que é estar em um evento de grande magnitude, ela vê seu surfe em evolução contínua e já tem um planejamento para ir ao Taiti — onde será realizado o campeonato de surfe nos Jogos — antes do início da disputa.
"Agora eu tenho aquela coisa dentro do meu coração, eu sei que lá vai ser a hora de dar o gás. A gente vai fazer uma preparação muito boa antes do evento. Em parceria com o COB, estamos simulando como vai ser no Taiti. Eu sou grata ao COB, que faz esse trabalho incrível para preparar os atletas já classificados ou que estão buscando a classificação", explicou.
Tati conquistou a vaga para Paris-2024 em abril deste ano, quando ocupava a quinta colocação do ranking mundial. Empolgada, ela comentou que as ondas de Teahupoo são bem pesadas, assim como ela gosta e, por isso, já teve boas experiências surfando por lá.
"Lá tem ondas de esquerda que dão bons tubos e essas são condições que normalmente eu gosto. Além disso, sou conhecida por gostar mais de ondas de peso, grandes, e Teahupoo é um tipo de onda assim, em cima do coral bem raso", afirmou a surfista.
"Vai ser uma onda super difícil e vai deixar as Olimpíadas ainda mais interessantes. Creio que, especialmente para as mulheres, é uma onda realmente pesada e vai ser bem legal a disputa", completou Tati.
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