UFC: Mackenzie Dern explica por que citou divórcio como motivação para luta
A brasileira Mackenzie Dern enfrenta Angela Hill neste sábado, pela categoria peso-palha, em luta principal do UFC Vegas 73.
Na última semana, a lutadora afirmou ao 'Fanatics View' que usará o fim do casamento com o surfista Wesley Santos como motivação para a luta de hoje. Mackenzie explicou a declaração e comentou sobre outros assuntos em entrevista exclusiva ao UOL.
Comentários sobre separação: "Eu quis falar do divórcio não para ter uma desculpa, porque as pessoas às vezes esquecem que a gente não é um super-herói. A gente pode até parecer que só treina, mas tem nossa vida pessoal também. E é importante, porque poucas pessoas falam disso, tudo que estão passando. Tem certas coisas como um divórcio que tem outras pessoas querendo implicar, atrapalhar, batalhar. É uma coisa que você realmente tem que ter muita fé, muita concentração, autocontrole total".
Mackenzie Dern anunciou a separação de Wesley Santos em novembro do ano passado. A menina Moa, de 3 anos, é fruto do relacionamento. "Isso só me dá mais motivação para ir lá e saber que você não vai deixar que coisas externas te impeçam de realizar seus sonhos", disse a lutadora em entrevista ao 'Fanatics View'.
Como balancear problemas pessoais e desempenho: "Dá um pouco de medo, né. Por que se a sua cabeça não está lá 100%, não é que eu vou mandar um número errado. Eu posso quebrar o maxilar, posso machucar meu joelho, posso me machucar sério, ficar mais tempo sem lutar, mais tempo sem receber dinheiro. Então é uma coisa que bota uma pressão em você. Mas, graças a Deus, na hora da luta, nos 25 minutos, você esquece das coisas. Você está só vendo o Angela Hill na sua frente, sabe que ela vai tentar te bater e você tem que tentar bater nela também".
O que mais Mackenzie Dern falou
Mudança de data: "A parte mais difícil acho que é o desgaste, você está focada, sua mente está pronta para lutar logo. Toda a energia que você botou. Aí (adia a lutar por) mais uma semana. Mas tem pessoas que botam a luta um mês depois. Então, uma semana é de boa. A diferença é que a luta foi para o APEX (em Las Vegas). E também eu já perdi duas das minhas lutas principais e essa é minha terceira. Então, eu tenho que quebrar esse tabu que estou perdendo na minha luta principal no APEX. Estou louca para ganhar. Cinco rounds para mim é bom e o octógono que está agora é menor, então fica melhor para levar para o chão".
A luta estava marcada para acontecer no UFC Charlotte, em 13 de maio. A liga anunciou a mudança de data e o reposicionamento como evento principal na semana passada.
O que falta para ganhar primeira luta principal: "O que eu vi mais em minhas derrotas, que foram em lutas principais que eu tinha tudo para ganhar, que eu fiz de tudo para ganhar mas ainda não foi o suficiente, falei: 'Está faltando alguma coisa'. O que eu ganhei nesse camp foi essa visão de luta, entender que é só ganhar cada round que você ganha a luta. E eu, nessa mentalidade de ir para matar, finalizar, e achar que todo round tem que fazer assim, só que não. Você pode ganhar cada round do jeito que as meninas experientes fazem, pontuando, sem pressa".
A adversária, Angela Hill: "Eu espero uma menina dura, difícil de bater e de finalizar. É muita experiência. Sabe pontuar, a maioria das vitórias e derrotas dela é por decisão. Lutar com uma atleta assim é difícil, é perigoso. Mesmo se você sente que você não está em perigo de uma coisa grave, um nocaute, mas só aquele bater aqui, bater ali é perigoso, você acaba perdendo a luta assim".
Cenário da categoria peso-palha: "Acho que estou chegando no meu auge agora. Estou começando a entrar fisicamente, mentalmente, ganhando essa experiência. Uma boa vitória aqui vai me colocar para lutar contra uma ex-campeã tipo a Rose (Namajunas). Acho que seria uma luta ótima, um teste bom para mim. E quem sabe lutar pelo cinturão no Brasil. Sei que eles estão pensando em muitos eventos no Brasil para o ano que vem, e se Deus quiser, eu consigo lutar até pelo cinturão no Brasil. Seria top".
Sensação de pertencimento ao Brasil: "Eu sinto que se eu for lutar contra brasileira, talvez a torcida ainda vai pensar: 'Vamos com a brasileira 100%, e não com a 50-50. Mas, conforme todo mundo está me conhecendo, vê como eu sou uma gringa muito brasileira, com muitas raízes do Brasil por causa do meu pai, como eu me adapto muito bem no Brasil e como eu represento o Brasil nas lutas independentemente de ser contra brasileira ou americana. Eu acho que tem essa aceitação a mais".
Desejo de ensinar Moa a lutar: "Ela treina comigo, está louca para vir para as lutas comigo. É muito legal estar vivendo essa experiência agora com minha filha. Eu quero que ela lute jiu-jítsu. Eu não queria que ela lutasse MMA, porque agora eu entendo o que meu pai deve passar, ver a filhinha dele tomar soco na cara. Mas como eu a tive na fase da minha vida que estou no MMA, ela gosta muito da trocação".
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