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Entorno de Medina vê juízes mal-intencionados, mas surfista não irá adiante

Gabriel Medina reclamou dos juízes da WSL após o Surf Ranch Pro - Aaron Hughes/Getty
Gabriel Medina reclamou dos juízes da WSL após o Surf Ranch Pro Imagem: Aaron Hughes/Getty

Do UOL, em São Paulo

30/05/2023 04h00

O entorno de Gabriel Medina ficou indignado com a avaliação dos juízes da WSL (Liga Mundial de Surfe) após a eliminação do brasileiro nas quartas de final da etapa do Surf Ranch Pro, no último fim de semana.

O que aconteceu

Um dos principais membros da equipe do tricampeão mundial chamou os árbitros de "mal-intencionados" em contato com o UOL.

Apesar das críticas, Medina não planeja ir além e protestar formalmente ou pedir uma reunião com a WSL para falar sobre a avaliação dos juízes.

O estafe do brasileiro vai aguardar os próximos passos da entidade: "Já movimentamos o tabuleiro. Agora, a jogada é deles".

Vamos em frente com foco na missão. Não são juízes mal-intencionados que irão nos parar" Membro do estafe de Gabriel Medina

Medina cobrou WSL publicamente

Medina foi eliminado por Ethan Ewing e não avançou à semifinal da etapa. Os dois somaram a mesma pontuação na bateria (14,67), mas o australiano se classificou por ter tirado a nota mais alta (9,07 contra 8,67).

Após a derrota, o brasileiro disparou no Instagram contra a "falta de clareza e inconsistência" na definição das notas. Ele enfatizou que os eventos recentes estão chocando a comunidade brasileira do esporte.

Medina afirmou que a avaliação dos juízes está recompensando um surfe "muito simples e transições incompletas". Por outro lado, segundo ele, progressão e variedade não estão sendo valorizadas.

O tricampeão mundial recebeu apoio de outros surfistas e personalidades do esporte. Os campeões mundiais Italo Ferreira e Filipe Toledo se juntaram a Medina nas críticas à WSL.

WSL se defende

A WSL disse em nota que todos os surfistas sabiam dos critérios de avaliação e tiveram a oportunidade de discuti-los antes do Surf Ranch Pro e após as baterias com a equipe da entidade.

Segundo a WSL, o surfe é um esporte subjetivo e em constante evolução. "Encorajamos um debate construtivo sobre a progressão do nosso esporte e os critérios usados para julgar nossas competições", afirmou a entidade.

A WSL ainda declarou que está comprometida a continuar trabalhando para o crescimento do surfe no Brasil, "apoiando nossos surfistas, fãs e staff por meio de eventos, parcerias e engajamento com a comunidade".