Kyra Gracie quer comandar federação de jiu-jitsu em meio a racha familiar
A campeã mundial Kyra Gracie enfrenta um racha na família. Ela quer desbancar as tias e suceder o avô Robson na Federação de Jiu-Jitsu do Estado do Rio de Janeiro.
O que aconteceu
Kyra se candidatou à presidência da entidade no final de maio. Ela anunciou a decisão pelas redes sociais cerca de três semanas após a morte do avô.
A federação é administrada por Kenya e Hanna Gracie, filhas de Robson, que é avô materno de Kyra — o mandato vai até o final do ano. As irmãs começaram na entidade há tempos com o pai e ocupam atualmente os principais postos, de presidente e vice, respectivamente.
A candidatura trouxe à tona uma intriga entre a família Gracie. Enquanto uma parte dos familiares incentiva a postulante, outra defende publicamente a continuidade da gestão vigente.
Kyra afirmou ao UOL que tem o apoio de "centenas de Gracies" e que pode "fazer muito mais" pelo jiu-jitsu. Ela ressaltou que se preparou a vida inteira e que os parentes contrários à sua candidatura "acreditam que a federação é uma instituição hereditária".
A octacampeã mundial também acusou a entidade de ocultar informações sobre o processo eleitoral — como lista de eleitores, data do pleito e demais candidatos. Ela ainda alegou que foi bloqueada pelo perfil da entidade nas redes sociais e cobrou transparência da administração. Segundo Kyra, o estatuto da federação prevê que a eleição deve ser realizada até 15 de janeiro de 2024.
O UOL entrou em contato com a federação, mas não conseguiu retorno. As tentativas foram feitas por telefone, e-mail e redes sociais. O espaço está aberto para uma eventual resposta.
O que Kyra disse
Preparada e candidata: "Estou me candidatando porque acredito que posso fazer muito mais pelo jiu-jitsu. Eu me preparei a vida inteira para este momento e estou entrando no tempo certo para abrir a minha chapa, receber a lista de votantes e apresentar as propostas. O mandato da atual presidente vence em dezembro".
Promessas: "Se não fosse agora, teria que aguardar mais quatro anos. Faremos parcerias e ações que possam impulsionar o desenvolvimento do jiu-jitsu. Terei uma comissão dos Grandes Mestres com os fundadores da federação e muito mais, porque vou construir junto com a comunidade a nova federação".
Apoio de familiares: "Minha família é bastante numerosa. Tenho centenas de Gracies que apoiam a minha candidatura, e outros que não apoiam porque acreditam que a federação é uma instituição hereditária, devido à falta de conhecimento das leis vigentes".
Intriga entre os Gracie: "Os que não me apoiam são membros que não tenho nenhum contato e que têm pensamentos totalmente contrários aos que acredito. De qualquer forma, isso não faz deles meus inimigos, respeito o posicionamento de cada um. Democracia é isso".
Bloqueio da entidade: "Eles não bloquearam somente a mim, mas muitas pessoas próximas. Após várias mensagens nas comunidades do jiu-jitsu, fui desbloqueada. Eles continuam sem responder às minhas mensagens e notificações, nas quais solicito apenas informações que são meu direito e que deveriam ser públicas".
Medidas tomadas: "Minha advogada foi até a sede da federação para solicitar os documentos, mas infelizmente foi xingada e maltratada. Quando os oficiais de justiça chegaram, o porteiro informou que não estavam mais atendendo ao público. Conseguimos entregar a notificação na casa da presidente, porém até agora não recebemos nenhum documento em resposta".
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