Pilotos veem fatalidade em morte de dupla e elogiam circuito de Cascavel
Do UOL, no Rio de Janeiro e em São Paulo
28/08/2023 14h32Atualizada em 29/08/2023 08h40
Pilotos que participaram da corrida Moto1000 GP, onde ontem (27) dois pilotos morreram, classificaram o acidente como uma fatalidade em entrevista para o UOL.
A modalidade obedece todos os procedimentos internacionais estabelecidos, e também possui um dos melhores, senão, o melhor, corpo clínico para tal função. Foi uma fatalidade que infelizmente aconteceu. Pablo Flores Nunes
Foi uma fatalidade esse acidente. A organização investiu em diversas barreiras de proteção, porém esse tipo de fatalidade em que o piloto cai e continua dentro da pista, já aconteceu em campeonatos mundiais, e não tem o que fazer numa situação dessa. Em muitos casos os pilotos conseguem desviar, mas como foi na primeira volta e as motos ainda estavam muito próximas, aconteceu o atropelamento. Peri Cunha
O autódromo de Cascavel é rápido perto dos outros, porém, hoje, está mais seguro e foi feita uma reforma na pista, que está excelente. Risco de acidentes todos [autódromos] têm aqui no Brasil. A Moto1000GP possui todos os procedimentos internacionais de segurança e estão preparados. O que aconteceu foi uma fatalidade. Cleberson Maicher
Mortes ocorreram na primeira volta
André Veríssimo e Érico Veríssimo morreram logo na primeira volta do Moto1000GP, classe do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade.
André deslizou e caiu da moto após uma curva. Ele chegou a se levantar sinalizando a queda aos outros pilotos.
Érico veio a toda velocidade e não conseguiu desviar do companheiro, atropelando-o de forma violenta e também caindo na pista
Eles foram socorridos, mas não resistiram aos ferimentos. André e Érico não eram irmãos, apesar de terem os mesmos sobrenomes.
Em 18 de março, o piloto Leonardo Mascarello, de 38 anos, também morreu no autódromo em um acidente durante as provas da 12ª edição do Track Day de motovelocidade.
"Padrão FIA"
O autódromo Zilmar Beux alega ter padrão FIA, principalmente, em três quesitos: as áreas de escape, a estrutura dos 36 boxes e o asfalto, com material utilizado em circuitos que recebem a Fórmula 1.
O autódromo foi criado em 1973 pelo sócio Zilmar Beux, que deu nome à pista. Ele acabou se tornando o terceiro autódromo do Brasil.
O autódromo Zilmar Beux é considerado o mais veloz do Brasil, e as médias de velocidade são superiores a 173 km/h.
Conhecida como "A Eau Rouge brasileira", a Curva do Bacião possui o maior raio do Brasil, com quase 300 metros de extensão.
A Prefeitura de Cascavel adquiriu a pista da Autódromo de Cascavel S.A. e fez uma série de melhorias. A pista recebe, principalmente, etapas de Stock Car e da Fórmula Truck.