Toledo revela coincidência com o Corinthians e preocupação nas Olimpíadas

O brasileiro, porém, admitiu que isso não passou de uma coincidência:

"Na verdade, essa relação entre o número 77 e o Corinthians acabou que coincidiu de estar ali e o número ser esse. Acho que alguém comentou na época, algum fã falou sobre isso, mas na verdade não foi por esse motivo, não foi pelo Corinthians. Só coincidiu e acabou que muita gente assimila o 77 com isso, mas na verdade não é".

Filipe Toledo também revelou uma preocupação com o local escolhido para a competição de surfe nas Olimpíadas, o Taiti, com suas temidas e desejadas ondas de Teahupo'o, onde há corais:

"Teahupo'o é um lugar incrível, maravilhoso, mas como já falei: é o melhor lugar para fazer uma Olimpíada? Não sei, porque não estamos falando só de Brasil, Estados Unidos, Austrália...Estamos falando de vários outros países que... Cara, tem gente que não tem praticamente onda para surfar. Fomos no Isa (Games, torneio entre países) e tem gente que estava praticamente indo reto, de lado, e esses surfistas vão estar nas Olimpíadas, né? Então acho meio perigoso, mas é uma decisão deles e a gente segue o plano".

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Bater na trave antes dos títulos

"Em relação a essa coisa de bater na trave, eu tive muitos exemplos de grandes profissionais, obviamente de pessoas gigantescas dentro do esporte, mas dentro de casa, meu pai, eu mesmo, o Matheus (irmão), minha mãe, a história de vida, a persistência, a determinação, sempre estavam no sangue. Então eu tirei desse exemplo de dentro de casa. A força de vontade de nunca desistir, de sempre entregar o máximo, mesmo que não dê certo, mas de você saber que você entregou o seu melhor. Então, graças a Deus, o exemplo estava dentro de casa".

Diferenças entre 1º e 2º título

"Em relação às duas vitórias, a primeira, por incrível que pareça, acho que eu estava muito mais tranquilo. Essa fiquei um pouco mais nervoso, mas um nervoso para o lado bom. Fiquei querendo competir, saber quem eu ia competir contra. Ano passado eu não estava muito preocupado com isso, mas esse ano eu fiquei um pouquinho mais agitado. Mas foi legal que eu consegui me manter ali, ficar tranquilo e fazer o que tinha que ser feito".

Susto com a lesão em Saquarema

"Foram acho que quase dois meses de muita dedicação. Todos os dias era treino, surfe e fisioterapia. Chegava de noite e mais uma sessão de fisioterapia. Então, a dedicação foi máxima para poder chegar em J-Bay, surfar e conseguir competir".

'Pensamos ruins' antes da final

"Esses pensamentos ruins eram aquela coisa de insegurança de saber se iria conseguir, se vão vir duas seguidas... Era história a ser feita, e com a família toda na praia, com todo mundo acompanhando. Então, a nossa mente fica manipulando a gente, querendo levar a gente para o lado mais fraco. Eu tive esses pensamentos, mas graças à minha família, à minha esposa, eu consegui conversar com ela bem um dia antes também, então isso me tranquilizou muito. E aí fui lá e consegui deixar isso tudo de lado e focar, e entrar no modo competição. E aí deu no que deu, graças a Deus".

Diferença entre brasileiros e estrangeiros

"Cara, é difícil falar. Falar que eles não têm a garra, determinação, eu vou estar mentindo, eles têm. Eu acho que só é de um jeitinho diferente. Eu acho que para nós, do Brasil, sempre foi tudo mais difícil em relação a oportunidades, então acho que a galera, quando pega essa oportunidade, acaba não deixando ela escapar. Acho que essa é a grande diferença".

Diferenças de baterias contra Ewing

"Sem dúvida, acho que foram duas baterias difíceis, porém totalmente diferentes. Uma não teve muito a ver com a outra, mas assim, a primeira bateria acho que foi uma das melhores que eu já fiz. E falando com os amigos, com a família, acho que todo mundo comentou, foi uma das melhores baterias que eu já vi na vida. Foi show de surfe, tivemos muitas oportunidades, então venceu realmente quem surfou mais. O cara somou 17, eu somei 17 alto, então assim, não tem muito o que falar".

Treinos em Teahupo'o até Olimpíadas

"É algo que a gente já tem conversado. Este ano, antes da etapa do Taiti, já rolou um 'camp' com a Confederação Brasileira de Surf e eles deram uma estrutura incrível lá para nós. Eu acho que mais para frente vamos ter oportunidade de voltar lá e pegar mais umas ondas. Daqui (dos EUA) é muito fácil de ir para lá. Saio daqui de noite e no outro dia de manhã já vou direto para a água. A meta agora é ficar analisando o 'swell' (ondulações) e ver o que aparece para tentar fazer o que a gente chama de 'strike mission': a gente vai lá, surfa três, quatro dias e volta. Então o plano vai ser ficar de olho, tentar pegar bastante swell, treinar e especializar cada vez mais naquela onda".