Filho de motorista de caminhão, jovem tenta se profissionalizar no tênis
Aos 4 anos, Gabriel Pinho pegou uma raquete de tênis pela primeira vez em sua vida. Foi amor à primeira vista. A partir de então, a família decidiu que iria superar todas as dificuldades para sempre manter o sonho vivo. Aos 16 anos, o filho de pai motorista de caminhão e mãe atendente de telemarketing briga para se tornar atleta profissional.
"Eu cresci em Barueri e comecei no tênis através do meu tio Beto, ele que me presenteou com uma raquete. Aí, a gente começou na garagem de casa, só arrastando bolinha no chão. Com o passar do tempo, fui para um parque e comecei a evoluir", contou Gabriel em conversa com o UOL.
O jovem começou a se destacar quando fez um teste para o projeto Rede Tênis Brasil, do qual Bia Haddad é madrinha. Gabriel foi selecionado, entre muitos atletas, para uma das cinco vagas e desfrutou de uma estrutura, segundo ele, feita para atletas de alto rendimento.
"Infelizmente tive de sair de lá, porque o projeto era em Alphaville, próximo de onde eu moro, mas mudou para São Paulo, na zona sul. Ficou longe para eu me deslocar. Agora, eu treino em Aldeia da Serra com meu tio Beto e o técnico Orestes", explicou Gabriel.
O principal objetivo dele é se tornar profissional e conseguir patrocínio. Para isso, precisa participar do máximo de torneios que conseguir para evoluir tecnicamente e adquirir nível. Nem sempre é fácil, porque a maioria das competições tem inscrições caras e acontece pelo país inteiro, ou seja, há o custo da viagem também.
Apesar disso, pais, tios e avós unem forças para ajudá-lo. "Quando preciso viajar, pagar para entrar em torneios, a família junta um pouco de cada. Também tem o clube onde jogo, que ajuda um pouco. E vamos indo", comentou.
Neste fim de semana, Gabriel terá a oportunidade de participar gratuitamente pela quarta vez da Copa Troiano. Uma competição idealizada pela família que dá o nome ao torneio para incentivar a prática de esporte.
"A Copa Troiano é importante para adquirir ainda mais nível. Sempre é um nível muito forte, que tem professores de tênis competindo. Então é muito bom para ganhar um ritmo, jogar com gente mais velha do que eu, que já tem uma longa estrada no tênis", analisou.
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