Presidente do COB vê Pan como referência para Olimpíadas e projeta melhora

No programa Destino: Paris, desta terça-feira (26), o presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Paulo Wanderley Teixeira, falou ao UOL sobre suas expectativas para os próximos Jogos Olímpicos e Jogos Pan-Americanos.

O primeiro desafio são os Jogos Pan-Americanos. Começa em 20 dias. Essas modalidades como canoagem, skate, surfe, já têm esse sucesso no Brasil, vêm a muito tempo sendo destacadas no mundo, e agora, entrando no movimento olímpico, é outra pegada. Eles tiveram que mudar algumas coisas, mas mudaram para melhor. E é uma expectativa bastante positiva dessas modalidades e das outras que já são bastante tradicionais - como futebol, judô, vôlei, natação, atletismo Paulo Wanderley

São 34 modalidades olímpicas e tem as panamericanas, que são o nosso foco. Nós trabalhamos em conjunto, o COB não dita regras. O COB trabalha, vê as necessidades e nós apoiamos todo o contexto, através de curso de capacitação para gestão, treinadores, os profissionais das entidades. E essa interação é importante, não se faz coisa por decreto: 'tem que ser desse jeito'. É uma parceria.
Paulo Wanderley

O que mais o presidente do COB disse

Objetivo: "Colocar a criançada para fazer alguns experimentos e aí, quem sabe, termos novos torcedores, entusiastas do esporte. Ocasionalmente pode acontecer de termos um futuro atleta de seleção, medalhista pan-americano, olímpico, mundial, mas o conceito é esse, mostrar o esporte de uma forma, no mesmo espaço, onde eles pudessem ser atraídos e futuramente serem incentivadores do esporte, praticantes do esporte."

Perspectivas: "Eu penso sempre de forma positiva, para frente. Olhar para trás só para ver vídeo como referência. Você tem que olhar o passado, você tem que estudar a história para saber o que deu certo, aprimorar, o que deu errado, tira fora, mas a expectativa para os Jogos é de superação aos Jogos de Tóquio."

Relação entre COB e Governo: "A relação está muito boa, a relação do COB com o Governo é institucional. Nós apoiamos e somos parceiros do Governo. O ministro Fufuca está muito receptivo ao esporte como um todo, ele fala do esporte olímpico, ele fala do esporte paralímpico, ele fala do esporte social, da inclusão. Então, ele faz um discurso que nós gostamos de escutar."

Investimentos: "O esporte é um elemento, uma performance, é esporte de excelência. E excelência custa caro. Não existe excelência em qualquer nível de situação, que você não tenha que fazer um investimento. E quanto mais investimento, maior a excelência e é o que nós buscamos neste momento. Temos tido uma exposição maior do Comitê Olímpico, uma boa aceitação de público, empresariado, de governo, e isso está virando reflexo. São bons patrocinadores que chegam, patrocinadores, apoiadores, fornecedores. É o suficiente? Não, mas é o necessário."

O evento: "Nós já tínhamos eventos semelhantes, por exemplo, o Congresso Olímpico Brasileiro, que plantou a semelhante para a COB Expo. É um COB Expo em miniatura. É como a gente pretende sempre atuar, inovando, empreendendo e colhendo os resultados."

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Apoio das Forças Armadas: "A gente teve muitos bons resultados, no Exército, eles investem muito mais, há mais tempo. A Marinha, também, a Aeronáutica um pouco menos, mas também investe. Tudo que vem para a agregar, na condição do atleta, é importante. Esse apoio das Forças Armadas é importante, sim, assim como todas as outras manifestações de apoio para o sucesso do atleta, para que ele possa exercer em plenitude o seu talento."

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