Medalhista olímpica, Érika lamenta morte de Wal: 'Estava cheia de planos'

Ex-jogadora de vôlei e bronze nas Olimpíadas de Sydney, Érika Coimbra contou em entrevista ao Destino: Paris sobre sua relação com a Walewska e como tem lidado com a perda da amiga, que morreu há uma semana.

Amor de família: "Eu vi a Walewska aprender a dirigir, a gente foi para o primeiro time profissional com o Bernardinho em Curitiba, a gente foi para a primeira convocação da seleção brasileira de base, a primeira adulta. Mexe muito com a gente justamente porque a gente tem o amor, é como se fosse da família, mesmo".

Apoio aos planos da amiga: "Não sabia que ela estava vivendo um momento tão difícil. Acabei de participar de vários eventos da Wal, porque ela estava cheia de planos. Ela tinha um podcast novo, lançou a biografia, fez vários eventos e eu fiz questão de ir em todos os eventos dela. Ela sempre foi uma menina que se preocupou com a alimentação, ela fazia yoga, meditação, então ela era uma menina muito correta".

Culpa: "A gente fica se sentindo de alguma maneira culpado de não ter visto em nenhum momento que ela estava precisando de ajuda. Ou que ela estava passando por momentos tão difíceis e frágeis. Dá várias sensações ao mesmo tempo".

Difícil entender: "Hoje eu tento mandar amor, oração, às vezes eu brigo com ela aqui na minha mente. Às vezes choro, enfim, tem várias emoções, porque a morte nunca é legal e uma morte dessa forma, de uma campeã, de uma guerreira, de uma menina que transformou a vida da família, que tem um legado, que tem uma imagem fortíssima para o esporte".

Paz: "Ela não sabe o tamanho que ela é. Eu acho que hoje ela deve estar vendo lá de cima o quão grande ela foi e eu só espero que ela descanse em paz, que ela encontre aquela paz que talvez ela não estava tendo no momento aqui".

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Giovanna Diamante: nadadora e estudante de jornalismo

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A atleta da natação Giovanna Diamante esteve em Tóquio e busca disputar sua segunda edição dos Jogos em Paris. Ao mesmo tempo ela concilia a faculdade de jornalismo.

Como é a rotina: "Super difícil. Eu preciso me organizar muito bem para conseguir ter as aulas, mas as minhas aulas são à noite e são a distância. Então eu consigo fazer quando eu estou viajando, para treinar, em competição. Eu consigo me organizar direitinho para continuar cumprindo as aulas".

Escolha pelo jornalismo: "A gente sabe que o esporte não é para sempre. Então eu já me senti na necessidade de começar a pensar em um plano B, para depois, quando a natação não for mais a minha profissão. E eu sempre gostei muito de me comunicar, de passar a verdade para as pessoas. E é isso que eu venho tentando fazer, até nas minhas redes sociais com mais frequência. Poder mostrar a minha realidade, mostrar os meus treinos, mostrar a rotina de um atleta, o por trás de um resultado. Então, eu acabei entrando no jornalismo um pouco que por causa disso, dessa minha facilidade e do meu gosto por me comunicar.

Mini Japa conta que não precisa mais de um 'trabalho aleatório' para se manter

A entrada do greaking nos Jogos de Paris já mudou a vida de uma brasileira. Hoje a 'Mini Japa' é a 49ª atleta do ranking mundial e vibra com nova vida que conquistou.

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Reconhecimento como esporte e patrocínio: "Antigamente eu vendia café, era ambulante. Eu acordava às 4h da manhã para vender na rua. Aí eu tinha que voltar, estudar, treinar. Às vezes eu chegava no treino e já estava cansadíssima. Hoje eu me mantenho com a minha arte, com a minha dança. Eu não quero mais voltar a vender café, mas se precisar voltar, a gente volta. E eu trouxe uma estabilidade para a minha família também".

Uma jovem atleta em uma jovem modalidade olímpica

Mariana Hanggi tem 16 anos, venceu os jogos Sul-americanos da Juventude e pinta como maior promessa da escalada no Brasil.

Modalidade recente nas Olimpíadas: "O sonho de todo atleta de escalada era ter um dia nas Olimpíadas para ter isso como um novo objetivo e quando entrou todo mundo foi a loucura".

Início como brincadeira: "A minha mãe, em Curitiba, fazia academia de musculação em um lugar que tinha escalada e desde os meus três, quatro aninhos ela me levava para brincar, passar a tarde com ela enquanto ela fazia o treino funcional. E eu ficava lá brincando, escalando. O meu atual treinador me colocava ali ' vamos ver como ela vai se sair'. Eu tinha três, quatro anos. Quando eu fiz cinco, ele me chamou para uma aula experimental, mesmo que eu já fosse lá sempre, e depois disso eu nunca mais parei."

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Baby Futuro e o desenvolvimento das categorias de base femininas de rúgbi

Depois de uma carreira de 16 anos e uma participação nos jogos Olímpicos, na Rio-16, Baby Futuro é uma das maiores referências do rúgbi no país.

Capacitação de clubes: "Ano passado a gente começou um projeto muito importante para o Brasil que é o Nina. E esse ano ele se junta ao 'Vem pro rúgbi', que é esse fomento das categorias de base. Depois das Olimpíadas a gente teve uma situação muito crítica em algumas regiões, como juntar Santa Catarina e o Rio Grande do Sul e não ter 15 meninas para jogar uma seleção, é crítico para a gente. Então, a gente entendeu que precisamos entrar nesses clubes, pegar na mão e falar, vamos lá, vamos fazer esse trabalho de base. Então a gente está nesse momento de fomento, de capacitar esse profissionais, fazer o rúgbi infantil e juvenil ficar mais quente".

Nova geração: "Mas ao mesmo tempo a gente tem alguns trabalhos que alguns clubes já fizeram que tem hoje uma seleção juvenil mais forte, um grupo de desenvolvimento da seleção que foi ontem para o Paraguai para jogar o Sul-Americano. As meninas do time principal estão indo para o Pan. Então é legal ver que essas meninas super jovens já estão também dando resultado".

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