De um lado, Rodrigo, de 39 anos. Do outro, Deives, com 38. Dois ídolos, capitães, referências... Neste domingo (1º), eles escreverão mais um capítulo da longa trajetória de duelos entre ambos no futsal brasileiro. E, mais uma vez, valendo taça.
Magnus Futsal e Corinthians fazem o segundo jogo da final do Campeonato Paulista, às 11h, em Sorocaba, com transmissão ao vivo do UOL. Mais uma chance de ver dois ícones do futsal travando outro confronto particular em quadra. No jogo de ida, melhor para o Magnus, de Rodrigo, com a vitória por 3 a 2.
O jogador está desde 2014 na equipe de Sorocaba. Deives tem trajetória parecida, em sua oitava temporada defendendo o Corinthians. Tempo suficiente para muitos duelos importantes e inesquecíveis.
"Esse duelo entre mim e o Deives vem de muito tempo, em grandes times. Estamos sempre chegando em decisão, pelo menos uma por ano praticamente a gente se enfrenta. É sempre bom, são grandes jogos. Deives é matador, sempre perto gol, acostumado com decisão, é sempre bom enfrentá-lo", disse o capitão do Magnus ao UOL.
"Já nos enfrentamos em várias finais, quase todos os anos isso acontece. É sempre um clima especial. A torcida salonista adora esse encontro, vê como um duelo que não se vê mais nessa nova geração atualmente. Nunca jogamos juntos, mas tempos perfis semelhantes", analisou Deives.
Disputa direta em quadra
Rodrigo e Deives já deram muito trabalho um ao outro dentro de quadra. Afinal, os dois se marcam no tradicional duelo entre fixo e pivô, embora o corintiano tenha características mais móveis.
E esse diferencial com relação aos pivôs mais tradicionais rende elogios - e preocupação - de Rodrigo.
"Deives é aquele pivô que tem que ficar ligado nele o jogo todo. Ele joga mais no fundo da quadra, sempre perto do gol, acredita muito no segundo pau. Agora está armando também. É difícil, ele se posiciona muito bem, tem que ficar ligado nele o jogo todo. Uma brecha que você dá é a chance que ele precisa para marcar", explicou.
Do outro lado, os cuidados também são grandes com um dos maiores jogadores da história do futsal.
"O Rodrigo é muito experiente. A maior dificuldade de enfrentá-lo é que ele antevê muito bem os lances. Como sou que marco ele, tenho que ficar ligado o tempo todo", disse.
Idolatria e longevidade
Em um esporte no qual os jogadores em média trocam de time a cada ano, Rodrigo e Deives são exceções. Os dois conseguiram criar identificação e idolatria com Magnus e Corinthians, respectivamente.
E eles têm consciência do papel raro e da importância que exercem no futsal atual com a representatividade e a história que possuem.
"Fico muito feliz de estar aqui desde o começo do projeto. São dez anos e pelo menos um título de expressão por ano. Fico feliz de ser identificado com o time, minha história está andando lado a lado com a do Magnus. Poucos têm uma história tão grande assim, os jogadores trocam muito de time. Eu venci tudo em Carlos Barbosa, estou vencendo tudo aqui. Para permanecer assim, tem que conquistar e mostrar resultados", analisou Rodrigo.
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Quero receber"Ele é ídolo no Magnus, eu sou ídolo no Corinthians. Nós somos os maiores vencedores pelos dois clubes, que são os maiores do Brasil. Acho que temos perfis muito semelhantes. Estamos com carência de ídolos no esporte, acho que isso também faz esse encontro ser tão especial", completou Deives.
Diante de tanto tempo de clube para os dois, já foram vários confrontos entre eles em finais. Deives coloca os títulos da Liga Futsal de 2016 e do Campeonato Paulista do ano passado sobre o rival como os mais especiais. Já Rodrigo elegeu a conquista da LNF 2020 contra o Corinthians como a mais marcante nesse confronto.
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