'VAR' do futsal tem nome diferente e desafio de técnicos como na NBA e NFL

Enquanto o VAR está cada dia mais consolidado - e polêmico - no futebol e em outros esportes, no futsal ele ainda dá os primeiros passos. Mas a Liga Nacional de Futsal (LNF) proporcionou um grande avanço nessa questão para a competição deste ano.

O UOL transmite ao vivo jogos das ligas masculina e feminina de futsal

Todos os jogos da fase final da Liga em 2023 contarão com o auxílio do vídeo para a arbitragem. A novidade, que recebe o nome de Vídeo Suporte (VS), já entrou em vigor nas partidas desta sexta-feira (13). Como comparação, em 2022 a tecnologia foi usada a partir da semifinal.

Corinthians x Minas e Foz Cataratas x Joinville se enfrentaram com a tecnologia em funcionamento. E ela tem algumas diferenças em relação ao VAR do futebol.

Nomenclatura diferente

A tecnologia tem o nome oficial de Vídeo Suporte, nome bem diferente em relação ao VAR que o torcedor está acostumado.

As partidas não têm um árbitro de vídeo específico. Haverá um monitor na beira da quadra, com um operador de replay. Quando necessário, os juízes vão ao local para revisão de jogadas.

Esse é o método considerado oficial no futsal. Ele foi utilizado na última Copa do Mundo da modalidade, disputada em 2021, na Lituânia.

Técnicos podem desafiar

O Vídeo Suporte funciona por meio de desafio dos técnicos. É o mesmo conceito utilizado em ligas como a NBA, a NFL, MLB e no vôlei, por exemplo.

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O treinador pode pedir a revisão caso não concorde com uma macarção da arbitragem. Entretanto, isso só poderá ser feito nas seguintes situações:

  • Situações de gol/não gol;
  • Incidentes de pênaltis;
  • Cartões vermelhos diretos;
  • Casos potenciais de equívoco de identidade;
  • Verificação da 6ª falta e subsequentes.

Cada técnico começa com um desafio por tempo. Mas, se tiver sucesso no pedido, ele mantém esse direito e assim sucessivamente. Caso o resultado seja negativo, o treinador perde o direito de desafiar.

Nas partidas com prorrogação, cada equipe ganha um desafio para o tempo-extra.

Árbitros podem solicitar auxílio

O suporte do vídeo também pode ser requisitado pelos próprios árbitros, mas apenas nas seguintes situações:

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  • Se o cronômetro falhar;
  • Se o cronômetro estiver errado iniciado/interrompido pelo cronometrista;
  • Para verificar se um gol foi marcado;
  • Verificar se a bola entrou no gol antes do sinal acústico no final de um período

Nestes casos a arbitragem pode mudar a decisão de quadra contando com o auxílio da imagem.

Estreia com reclamação

O Vídeo Suporte foi utilizado pela primeira na LNF nesta sexta-feira (13), faltando pouco mais de sete minutos para acabar o segundo tempo da vitória por 4 a 1 do Corinthians sobre o Minas.

O técnico Daniel Lobato, do Minas, pediu a revisão de um suposto pênalti sofrido por Ribeiro em lance com Canabarro. Entretanto, a arbitragem manteve a decisão de quadra e não marcou a penalidade.

A decisão irritou o treinador, que acabou advertido com o cartão amarelo. Como não teve sucesso no pedido, ele perdeu o direito de fazer um novo desafio.

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Já no minuto final foi a vez de Deividy Hadson, técnico do Corinthians, solicitar o uso do Vídeo Suporte. A jogada também foi de um suposto pênalti, sofrido por Deives.

Assim como no desafio do Minas, a arbitragem manteve a decisão de quadra e não assinalou a penalidade.

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