Boné a R$ 600: Gringos lotam loja da F1, e brasileiros preferem ambulantes

George, 47, veio da Inglaterra para o GP de São Paulo; é seu oitavo GP in loco, e ele gosta de colecionar camisas oficiais da Mercedes advindas de todos os países que visita. A que ele viu (e gostou) em uma das lojas oficiais da F-1, esta ao lado do portão por onde entram convidados, custa R$ 700 (143 dólares). Ele diz que o valor está dentro do esperado.

Na lojinha, há opções que variam de R$ 180 (da camiseta mais simples, branca ou preta com o logo da Mercedes estampado no centro) à mais elaborada, similar às usadas por staffs da equipe. Foi a escolhida por George. Os casacos chegam a R$ 2.000, dependendo da temática da roupa. O da Mercedes custa o valor máximo, enquanto o da McLaren pode ser levado por R$ 500.

Os funcionários da lojinha treinam seu inglês com os gringos interessados; o portunhol também tem sido bastante usado. Cheia pela manhã, a loja tinha estrangeiros até do lado de fora convertendo real para dólar. No fim, para a maioria, compensava.

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Imagem: Talyta Vespa/UOL

Juan vinha do México e era sua primeira vez no Brasil. Buscava a camiseta da Red Bull, equipe do já campeão Max Verstappen. Levou por R$ 400. Cordões de crachá personalizados com a temática do GP de SP saem por R$ 30; miniaturas dos carrinhos chegam a R$ 350, mesmo valor do boné da Red Bull personalizado. Os bonés da Mercedes, mais simples - branco, roxo ou preto com o logo no meio - custam R$ 600.

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Imagem: Talyta Vespa/UOL

Eram poucos os brasileiros que se misturavam aos gringos na lojinha. O português em alto e bom som, mesmo, é ouvido entre os clientes de vendedores ambulantes, que se dividem entre os portões das arquibancadas. Marcelo, que só trabalha como ambulante durante a F-1, teve que achar um cantinho longe das filas. "A fiscalização está pesada. Não deixam a gente vender nas filas".

Os bonés de Marcelo fazem sucesso: por R$ 50, é possível escolher entre três cores com a temática da Mercedes: rosa, azul e preto. As camisetas, que na loja oficial chegam a R$ 400, nas mãos de Marcelo saem por R$ 70. A venda de camisas, entretanto, acontece mais ao fim do dia, segundo ele.

Henrique, 43, conta ao UOL que não pretende gastar dinheiro com produtos oficiais. "Aqui, já é tudo caro. Uma água é absurdamente cara. Prefiro comprar de ambulante. Tenho a lembrança do GP e não deixo um rim para isso".

As filas para entrar em Interlagos, já nesta sexta-feira (3), dobravam esquinas mesmo antes das 9h. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou ao UOL que reforçou o policiamento nos arredores do autódromo - de fato, há GCMs e viaturas da Polícia Militar por todos os cantos. A operação de segurança terá drones, tropas especiais e mais de 1 mil agentes da PM, ainda de acordo com a SSP.

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