Conheça o britânico que tenta fazer a seleção feminina de rúgbi ser grande
William Broderick é um britânico que saiu de Chester, na Inglaterra, para morar em São Paulo por apenas seis meses. Acontece que ele já vive na capital há 10 anos e você pensa que ele curte? Não. Will não gosta de viver no Brasil, e muito menos na capital paulista. E aí que vem a pergunta: o que segura ele em terras brasileiras? O amor pelo rúgbi e a fome de conquistar grandes títulos com a seleção feminina de sevens.
O treinador assumiu a equipe nacional feminina em 2020, pouco depois da campanha amarga nos Jogos Pan-Americanos de Lima. As meninas deixaram escapar a medalha de bronze para a Colômbia após uma campanha invicta no Campeonato Sul-Americano. Elas nunca tinham perdido para uma equipe sul-americana. Will quer fazer diferente.
"O Pan é um grande objetivo nosso, pois ele é um evento de esporte olímpico. Estamos bem fechados em fazer uma construção gradual, a gente não pode ter picos e depois ter baixos. Neste momento, a gente quer mostrar um time unido, mentalmente forte e pronto para brigar. Fisicamente a gente vai estar indo bem e tecnicamente a gente vai mostrar os básicos bem feitos", analisou.
Broderick sempre jogou e viveu pelo rúgbi. Ele foi para São Paulo aos 20 anos graças a um projeto da Premiership — a liga de rúgbi da Inglaterra —, que queria promover o esporte em outros lugares. Doze treinadores, inclusive Will, viajaram para o Brasil e a ideia era que ficassem apenas seis meses.
"Eu acabei ficando. Sinceramente, eu não gosto de morar em São Paulo. Eu amo o que eu faço. Fico aqui por causa das meninas, da comunidade de rúgbi, que eu acredito que tem muito potencial. Para isso, são necessárias pessoas que estão focadas em desenvolver a parte de desenvolvimento, mas também sempre com o olhar de como a gente pode estar criando linhas de comunicação entre clubes, entre projetos sociais. Trabalhei desde projetos sociais até nas seleções. Consegui viver em todos os aspectos do rúgbi brasileiro até agora. Fico por causa disso", esclareceu.
Em sua caminhada no Brasil, Broderick já atuou por Lechuza, de Sorocaba, e o Band Saracens, na capital paulista, em que foi jogador, preparador físico e treinador, além de ter sido técnico do Rio Branco. O britânico também defendeu a seleção entre 2016 e 2018 e depois integrou a equipe técnica.
O treinador tenta voltar à Inglaterra para visitar a família ao menos uma vez ao ano. Segundo ele, viver distante dos entes queridos não o chateia. "Eu sinto muita falta, mas já estamos acostumados, porque saí de casa com 19 anos. Quando dá brecha no calendário, eu tento ir em mais oportunidades", comentou.
Se tem uma coisa que ele gosta do Brasil além da sua paixão pelo trabalho com o rúgbi brasileiro é poder fugir da capital para o interior de São Paulo.
"Eu gostaria de falar que gosto de praia, sol, comida. Mas, não. Eu vivo do básico. Eu vivo de vitaminas. Passo bastante tempo aqui dentro de São Paulo trabalhando, é por paixão, eu estou feliz por fazer isso. Quando tem um fim de semana pra sair, eu tento escapar, ir para o interior, relaxar a cabeça e voltar", comentou.
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