Homem acusa racismo durante GP de São Paulo; agressor é preso

O médico José Paulo Santos, 51, diz ter sido alvo de racismo durante o treino classificatório do GP de São Paulo, na sexta-feira (3). Ele usava um boné com o símbolo do PT (Partido dos Trabalhadores) quando, afirma, foi abordado por um homem no camarote Pit Stop Club - e ofendido. O agressor foi preso.

O que aconteceu

"Ele me mostrou o dedo do meio e me chamou de negro de merda e vagabundo. Na hora, chamei o segurança, que me garantiu que ele não sairia dali antes de a polícia chegar", conta ao UOL.

A reportagem teve acesso ao boletim de ocorrência, registrado por José Paulo. Segundo relato, a polícia rapidamente chegou e o suspeito foi levado à delegacia. Ainda de acordo com José Paulo, o homem foi preso em flagrante e aguarda audiência de custódia.

Procurada pelo UOL, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) confirmou que o agressor, de 47 anos, foi preso e indiciado em flagrante, ficando à disposição da Justiça. O caso foi registrado na 1ª Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur).

Confira a nota da Secretaria de Segurança Pública

"Um homem de 47 anos foi preso em flagrante por injúria racial às 15h15 desta sexta-feira (3), no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista.

A vítima, um homem de 51 anos, contou que foi ofendida por xingamentos racistas proferidos por outro homem, de 47 anos. Duas testemunhas estavam presentes no momento do crime e o autor foi indiciado em flagrante, permanecendo à disposição da Justiça.

O caso foi registrado como preconceitos de raça e cor - injúria racial na 1ª Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur)."

*Colaborou Alessandro Reis

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