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GP São Paulo será lembrado por 53 milésimos de segundo

A 51ª corrida de Fórmula 1 no Brasil será lembrada por seus últimos metros, por um piscar de olhos: os 53 milésimos de segundo que separaram Fernando Alonso de Sergio Pérez na linha de chegada. O autódromo explodiu em vibração, mal acreditando no que acabara de acontecer.

E havia muita gente em Interlagos. O autódromo paulistano recebeu 267 mil pessoas nos três dias de evento. É um novo recorde, superando em 13% a marca do ano passado. É a materialização de um fenômeno que vem acontecendo no mundo todo desde que a Liberty Media assumiu o negócio, em 2016: popularidade crescente, ano após ano.

Torcedores em Interlagos logo depois do fim da corrida do GP de São Paulo de Fórmula 1
Torcedores em Interlagos logo depois do fim da corrida do GP de São Paulo de Fórmula 1 Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli

Este GP São Paulo, claro, também será lembrado pelo que temporal da sexta-feira.

Em questão de minutos, a região do autódromo ficou escura. A sessão de classificação estava em seus momentos decisivos. Quem tinha tempo, se deu bem. Quem não tinha, lamentou.

Alguns trechos de arquibancadas perderam a cobertura, duas pessoas ficaram levemente feridas, mas no sábado tudo já estava consertado.

Max Verstappen comemora sua 52ª vitória na F1, em Interlagos
Max Verstappen comemora sua 52ª vitória na F1, em Interlagos Imagem: Mark Thompson/Getty Images

E há Max Verstappen.

Sim. Em Interlagos, o holandês deu mais alguns passos na sua missão de estabelecer todos os recordes da Fórmula 1. A pole foi sua 31ª na categoria. Até o fim do ano ele pode chegar a 33, igualando a marca emblemática de Jim Clark e se colocando no top 5 da história.

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E, com mais uma vitória, ele iguala Sebastian Vettel e fica atrás apenas de Lewis Hamilton (103) e Michael Schumacher na história.

Interlagos teve ainda uma simpática banca de frutas na entrada do paddock, para delírio dos estrangeiros trabalhando nos boxes e nos escritórios das equipes. Era difícil não ver alguém com um pedaço de manga ou um coco na mão.

Neste domingo, teve um princípio de incêndio na sala de imprensa provocado por um problema na fiação, logo resolvido.

E teve torcida invadindo a pista, apesar dos apelos da organização para que isso não acontecesse. Deve vir um puxão de orelha da F1.

Excesso de rigor, talvez. Em outros circuitos mundo afora as invasões já são tradição.

E o que interessa está no papel, talvez a grande notícia do fim de semana: o contrato foi assinado, e Interlagos está garantido no campeonato até 2030.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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