Da técnica à criatividade, o que o júri analisa em competição de breaking
Criatividade, performance e técnica. Esses são alguns dos critérios avaliados pelos jurados em uma competição de breaking, modalidade que estreia nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
Como é disputado através de batalhas de dança, a forma que as notas são dadas pode gerar dúvidas em quem não acompanha o breakdance. O UOL reuniu as principais informações sobre o sistema de avaliação.
Batalhas, rounds e música
O breakdance é disputado através de batalhas de dança, que podem ser feitas individualmente, em duplas, em trios ou em grupos (crew).
Os competidores são chamados de B-Girls e B-Boys (B de break), e a escolha dos passos a serem apresentados fica a critério do atleta, sem uma regra específica.
Uma peculiaridade é que não são os competidores quem escolhem as músicas, e sim o DJ, que decide o que será tocado em cada batalha.
Normalmente, nas fases eliminatórias, apenas um round é feito entre os competidores. Quando eles avançam para o mata-mata, o número sobe para quatro, cada um com 60 segundos.
Ex-competidores e jurados
Os jurados são escolhidos em número ímpar e costumam ser ex-competidores, que usam da experiência para analisar e julgar os competidores.
Para fazer a análise, eles utilizam de um sistema de valor triplo (Trivium) que avalia o desempenho dos atletas a partir de três critérios: qualidade física (técnica e variação), interpretativa (execução e musicalidade) e artística (criatividade e personalidade).
"O software de julgamento e pontuação é mais complexo que gerar um simples voto. Ele dá relatórios de pontuação, ranking, gera relatórios dos árbitros para saber os parâmetros dos votos, entre outros registros", explica Migaz, jurado da Federação Internacional da modalidade e que estará no Undisputed Masters, que acontece neste sábado em São Paulo.
Para as Olímpiadas, foi adotado um novo sistema, que apesar de ter o Trivium como base, utilizará cinco critérios: musicalidade, vocabulário, originalidade, técnica e execução.
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