Campeão do peso-mosca do UFC em julho ao superar Brandon Moreno, Alexandre Pantoja fará a sua primeira defesa de cinturão hoje, no UFC 296, em Las Vegas (EUA). Ao UOL, o brasileiro de 33 anos afirmou que se preparou para enfrentar outro Brandon, o norte-americano Royval, sabendo do "peso da responsabilidade" da luta.
O que aconteceu
Pantoja ressaltou que já estava treinando duro para se tornar campeão e que manteve o ritmo nas últimas semanas. Ele destacou que se sente mais preparado do que na última luta e que o fato de enfrentar "um cara muito bom" foi um incentivo em sua preparação.
O carioca minimizou o fato de já ter finalizado Royval em 2021 e elogiou o "perigoso" adversário — o norte-americano conquistou três vitórias seguidas desde a derrota para o brasileiro e "vem com muita vontade de ter o cinturão", segundo o próprio Pantoja.
Eu já vinha treinando muito duro para me tornar um campeão e mantive os treinamentos. Esse é o peso da responsabilidade. Estou muito bem preparado, me vejo acima do que quando lutei com o Moreno. Continuei evoluindo e isso me fez treinar bastante Pantoja, ao UOL
Eu já enfrentei o Royval há cerca de dois anos, finalizei ele no mata-leão, mas isso não quer dizer nada. Vou enfrentar um lutador que vem com muita vontade de ter o cinturão e que vem de duas vitórias muito dominantes. Ele nocauteou na sua última luta e finalizou na penúltima, então é um cara muito perigoso tanto em pé quanto no chão. Tenho que estar bem atento. Sei o quão bom ele é, por isso dei meu máximo em todos os treinos, fiz tudo como tinha que ser feito Pantoja, ao UOL
Status de campeão e sonho de lutar no Brasil
Pantoja comemorou o "status de campeão" que adquiriu junto do cinturão. Residente na Flórida, ele ressaltou que passou a ser mais reconhecido pelo público — tanto por norte-americanos quanto por brasileiros. Logo após sua vitória, ele havia dito: "Vocês precisam conhecer a minha história" — em agosto, ele narrou sua trajetória ao UOL.
O campeão do peso-mosca também contou que sonha em defender o cinturão no Brasil. O projeto? Levar o UFC novamente ao Rio de Janeiro, local onde nasceu e passou os primeiros anos de vida: "Minha bússola aponta para isso", explicou.
Antes, porém, ele precisa vencer Royval e curtir o Natal em grande estilo — a árvore, inclusive, já estava montada no momento da entrevista ao UOL.
Vivo um dia por vez e vou planejar meu 2024 após a luta. Minha árvore de Natal está montada, mas só vou pensar nas festas quando passar o dia 16. Espero realmente sair vitorioso e estou trabalhando duro para isso acontecer. Se Deus me permitir, tenho grandes planos para 2024. Pretendo, quem sabe, encabeçar um evento no Brasil para levar o UFC mais uma vez para o Rio, que é minha cidade-natal. Minha bússola vai apontar para isso aí Pantoja
Mais sobre Pantoja
Atual momento. "Estou muito feliz e contente por viver este momento de ser essa pessoa que vai representar muita gente. Sou um cara que tem um privilégio enorme de viver isso. É agradecer ao Brasil também: quem puder, veja um pouco mais da minha história, das minhas lutas... as pessoa vão entender um pouco do que falo e do que prego."
Inspiração no MMA. "O meu ídolo é o José Aldo. É um cara que foi uma referência e espero que as pessoas possam dar o real valor para ele como dão para o Anderson Silva. Muita gente fala sobre o Anderson e esquece do que o Aldo fez: é um cara que veio de Manaus, com pouco recurso e que chegou ao topo do mundo. Ele lutou contra o mundo."
Peso da fama. "Nunca vou ser o que não sou. Não vou tentar implementar alguma coisa só para sair na mídia. Tenho um dever moral com a minha família e é isso que me importa. Quero ser exemplo para eles e para as pessoas que me cercam."
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