Vasco diz que remador do clube foi detido injustamente por furto de celular
O Vasco afirma que um atleta da sua base do remo foi "detido por policiais militares e conduzido para a delegacia" acusado de furtar um celular enquanto voltava de ônibus do treino para casa, no morro do Tuiuti.
O caso foi registrado na 5ª DP (Mem de Sá) e encaminhado para a 4ª DP (Presidente Vargas). Todos foram liberados, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
O que aconteceu
O Vasco alega que o atleta foi " injustamente preso dentro de um ônibus" e que foi "registrado boletim de ocorrência enquadrando o jovem, que é negro, como 'adolescente infrator'". Ele foi acusado de furtar um celular.
O Vasco foi procurado ontem (16) por Carla Costa, mãe do remador de 14 anos para auxiliar na questão. Ela foi recebida pelo departamento de responsabilidade social do clube.
Clube disponibilizou equipe jurídica para auxiliar no caso. Os advogados cruz-maltinos vão à delegacia para entender o caso e tomarem as medidas cabíveis.
Polícia Civil diz que celular "foi encontrado com os suspeitos no ônibus". No entanto, a vítima não reconheceu nenhum deles como autores do furto, então todos foram liberados.
Polícia Militar diz que "quatro menores foram abordados pelos policiais" e que, com o grupo, "os agentes localizaram dois aparelhos de telefone celular". A entidade afirmou ainda que "não compactua com quaisquer desvios ou qualquer tipo de ato discriminatório cometido por policiais militares".
Veja nota do Vasco
O Club de Regatas Vasco da Gama informa que foi procurado pela mãe de um atleta de 14 anos da base do remo vascaíno relatando que ontem, 15/1, seu filho foi injustamente preso dentro de um ônibus quando regressava do treino para sua casa, no morro do Tuiuti.
O menor havia sido detido por policiais militares e conduzido para a delegacia, onde foi registrado boletim de ocorrência enquadrando o jovem, que é negro, como "adolescente infrator", acusado de furtar um aparelho de telefone celular.
O fato do jovem ter se apresentado como atleta do Vasco da Gama e mostrado documento do clube foi desconsiderado. A autoridade policial não fez contato com o Vasco da Gama.
Diante desse caso gravíssimo, o clube informa que acionou seu departamento jurídico para atuar em representação de seu jovem remador buscando a indispensável reparação da injustiça praticada.
O Vasco da Gama não permitirá que o nome de seu atleta seja maculado e está dando todo o apoio a sua família.
Veja nota da Polícia Civil
O caso foi registrado na 5ª DP (Mem de Sá) e encaminhado para a 4ª DP (Presidente Vargas). Na ocasião, o telefone celular da vítima foi encontrado com os suspeitos no ônibus. No entanto, como a vítima não reconheceu nenhum dos conduzidos, a autoridade policial entendeu que não havia elementos para o flagrante e, consequentemente, não houve prisão ou apreensão dos adolescentes. Todos foram liberados.
Veja nota da Polícia Militar
A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que na noite de segunda-feira (15/01), policiais militares do 5° BPM (Praça da Harmonia) foram acionados para uma ocorrência de furto na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio de Janeiro.
De acordo com o comando da unidade, os agentes foram acionados pelas vítimas do fato que relataram aos militares que os suspeitos da ação criminosa estavam a bordo de um ônibus da linha 472. Na ação quatro menores foram abordados pelos policiais. Com o grupo, os agentes localizaram dois aparelhos de telefone celular.
Os telefones foram devolvidos às vítimas que procuraram a guarnição. Após a solicitação dos militares, para que as vítimas acompanhassem a equipe até a delegacia, uma delas informou aos agentes que não gostaria de formalizar a denúncia sob a justificativa de que morava na mesma comunidade que os acusados.
Já a outra vítima acompanhou a equipe até a unidade policial, onde não reconheceu os envolvidos como autores do furto. Os adolescentes foram conduzidos à 4ª DP (Praça da República), onde o fato foi registrado e posteriormente, todos foram liberados.
O comando do 5° BPM (Praça da Harmonia) instaurou um procedimento apuratório para analisar a conduta dos policiais. Cabe ressaltar que a corporação não compactua com quaisquer desvios ou qualquer tipo de ato discriminatório cometido por policiais militares.
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