Mais de R$ 1 mi por segundo e R$ 85 bi em compras: as cifras do Super Bowl

O Super Bowl é o evento esportivo mais importante do planeta para 75% dos fãs do futebol americano nos Estados Unidos, segundo números do Kantar Sports Monitor. E a final da NFL (liga de futebol americano dos EUA) custa caro.

Neste domingo (11), Kansas City Chiefs e San Francisco 49ers se enfrentam no Super Bowl 58 no Allegiant Stadium, em Las Vegas, às 20h30 de Brasília (com transmissão para o Brasil de ESPN e RedeTV).

R$ 35 milhões por 30 segundos

Não surpreende o fato de a grande final da NFL ter o comercial de TV mais caro do mundo. Trinta segundos durante a transmissão custam US$ 7 milhões (cerca de R$ 35 milhões). Mas o que exatamente as marcas estão ganhando ao investir tanto em um mero meio minuto?

Muito mais do que apenas dezenas de milhões de olhos. Estar no Super Bowl garante um status diferenciado hoje em dia. Na mesma pesquisa, 66% dos americanos afirmaram que um comercial de Super Bowl faz muito mais diferença nas suas escolhas de consumo que um anúncio normal, do dia a dia da telinha. E 48% dos americanos disseram prestar tanta atenção aos anúncios quanto ao jogo em si.

A televisão, vale dizer, é o privilegiado palco da grande final. Enquanto cerca de 65 mil endinheirados verão os atletas de perto, no Allegiant Stadium, mais de 100 milhões de americanos devem acompanhar a final pela CBS e pelo Paramount+.

Recorde atrás de recorde

A expectativa de um novo recorde de audiência surgiu graças à presença de dois times tradicionais no gramado e de fatores extracampo, como a presença da cantora Taylor Swift, que namora o tight end Travis Kelce, dos Chiefs.

No ano passado, a transmissão da Fox atraiu 112 milhões, tornando-se o evento mais assistido da TV dos Estados Unidos nos últimos dez anos. A forte estratégia de streaming elevou a audiência total para mais de 115 milhões, garantindo a maior audiência do Super Bowl de todos os tempos. A Fox teve uma receita de US$ 600 milhões (R$ 3 bilhões) em publicidade.

Botando a NBA no chinelo

Loja com itens à venda do Super Bowl 58, em Las Vegas
Loja com itens à venda do Super Bowl 58, em Las Vegas Imagem: Jamie Squire/Getty Images
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Para ter ideia do domínio da NFL, basta comparar o tamanho do público com o da NBA - a segunda maior liga do país. Em 2023, as finais do basquete tiveram média de 11,6 milhões de espectadores - ou seja, 10 vezes menos que o Super Bowl.

Um efeito curioso é o do show do intervalo, que vem há décadas tendo mais espectadores que o jogo em si. O desempenho de Rihanna, em 2023, reuniu impressionantes 188,7 milhões de pessoas em frente à telinha - 68% a mais que a própria partida entre Philadelphia Eagles e Kansas City Chiefs. Espera-se algo parecido para a performance do cantor Usher, nesta edição.

Não é à toa que as cifras relativas ao Super Bowl sejam estratosféricas. De acordo com a National Retail Federation (NRF), os gastos totais com alimentos, bebidas, roupas, decorações e outras compras neste domingo devem atingir um recorde de US$ 17,3 bilhões (R$ 85 bilhões) em todo o país.

Música, esporte e muito dinheiro

Arena The Sphere exibe imagem antes do Super Bowl 58, em Las Vegas
Arena The Sphere exibe imagem antes do Super Bowl 58, em Las Vegas Imagem: Jamie Squire/Getty Images

A sede do jogo, Las Vegas, é a mais favorecida. O impacto econômico, segundo a prefeitura, será de cerca de US$ 700 milhões (R$ 3,4 bilhões). Ainda que o estádio comporte apenas 65 mil torcedores, a quantidade de eventos paralelos ao longo da semana e no dia do jogo atrai cerca de 450 mil visitantes.

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Com os hotéis-cassinos apresentando atrações do naipe de Christina Aguilera, Bruno Mars, Kelly Clarkson, U2, Luke Combs, Steve Aoki e muitos outros, fica fácil entender essa conta.

Super Bowl 58

  • Domingo, 20h30 (hora de Brasília)
  • Kansas City Chiefs x San Francisco 49ers
  • Hino Nacional dos EUA: Reba McEntire
  • Show do Intervalo: Usher
  • Na TV: transmissão ao vivo por RedeTV, ESPN e Star+

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