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Não é do nada: veja como influenciadores se preparam para lutas do FMS

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP)

24/02/2024 04h00

O FMS (Fight Music Show) chega à sua 4ª edição com nove lutas. A mais esperada delas é a do tetracampeão mundial de boxe Popó contra o fisiculturista e ator Kleber Bambam.

O evento traz, além do ex-BBB, uma série de artistas e influenciadores, como Nego do Borel, MC Gui, Fernanda Lacerda (ex-Mendigata) e Thomaz Costa.

Como pessoas "comuns" se preparam para a luta? O UOL conversou com Mamá Brito, CEO do FMS, que explicou parte do processo.

Como sou primo do Minotauro e cuidei da carreira dele a vida toda, convivi com lutadores e tenho o feeling de conversar para ver se a pessoa vai estar empenhada no treinamento ou não. Eu verifico se já está treinando, se tem alguma noção de boxe, se tem algum treinador... Enfim, vejo qual é a pegada e tenho esse alinhamento com o treinador. Se não tiver treinador, eu encaminho para as equipes que são nossas parceiras Mamá Brito, CEO da FMS

Tempo de treinamento. "São, no mínimo, quatro meses de treinos. Eles se preparam da forma adequada, com contrato assinado e multa se não apresentar, por exemplo".

E se não bater peso? "Há uma cláusula de multa de 20% da bolsa [premiação], que vai para o atleta adversário. Se a pesagem passar de 2 kg, o adversário tem o direito de cancelar a luta."

Preocupação com "amadores". "Temos a Comissão Nacional de Boxe, que nos ajuda com as regras. Há rounds mais curtos e uma comissão atlética que tem todo o controle da operação."

O crescimento do FMS

Inspiração para criação do FMS. "Eu viajava o mundo gravando com o Minotauro. Em uma dessas viagens, fomos à Tailândia e vimos um evento cheio de luzes e música. Eu falei: 'olha aí, só temos eventos tradicionais. Está aí uma coisa interessante'. Esse evento era do Toli Makris, um grego que virou meu amigo. Ele usava influenciadores de pequeno porte para lutar, mas como ele não tinha background de luta, ele não entendia que as lutas estavam horríveis (risos)."

Ajudinha de Whindersson. "Uni as duas coisas: um evento com muitas luzes, atrações musicais e influenciadores. Qual o pulo do gato? Eu sou do meio da luta, consigo treinar esses caras. Eu tinha de ter uma narrativa para lançar a ideia de uma maneira eficaz. Fui até um show do Whindersson Nunes. Tive acesso ao camarim dele, e eu e minha mulher [Clemilda] o convencemos a fazer uma luta para limpar um boato que existia, que seria a luta dele com o Popó. Ele me deu 29 dias, que era o tempo que ele tinha para ficar no Brasil antes de uma viagem. Então, fizemos o FMS 1 em 29 dias."

Clemilda e Mamá Brito; ele é CEO do Fight Music Show Imagem: Arquivo pessoal/Instagram

Resgate do boxe no país. "Acompanhamos quantas pessoas estão torcendo e praticando. É engraçado que todo mundo que está treinando acaba marcando a gente [nas redes sociais]: criança, mulher... Tem marcação pra caramba! Como temos influenciadores com muitos seguidores, os fãs começam a fazer boxe porque viram o ídolo treinando. Trouxemos benefícios ao boxe."

Críticas. "Volta e meia me perguntam se não fere as regras do boxe tradicional, mas eu não faço boxe tradicional. Faço boxe de entretenimento. Estou ajudando a levar mais adeptos ao boxe tradicional. O caso da Rede Globo é um marco: a gente colocar um evento de boxe diferenciado na maior emissora do país é histórico."

Preconceito de profissionais. "Eu sempre olho pelo lado positivo das coisas. Se estão reclamando muito, penso: 'é legal, estão falando sobre o assunto. Vai gerar curiosidade'. Você quer ver, por exemplo, o que o Bambam tem a mostrar. Não é para torcer, é para ver se ele vai apanhar ou se é 'brabo' como fala. Eu nunca me afetei com isso. Tenho claro em minha mente que ajudamos o movimento. No começo, tiveram equipes mais tradicionais que contestaram, mas isso só fortaleceu. O Popó ajuda muito, ele é sócio na nossa operação e dá muita credibilidade."

Futuro em outros países. "O evento foi criado para ter tamanho internacional. O nome em inglês [Fight Music Show] é para isso. Quero fazer a próxima edição em Dubai, estamos conversando. Podemos também ter uma colaboração dos nossos influenciadores com os influenciadores de lá."

Fight Music Show 4

CARD PRELIMINAR (sábado, a partir das 19h):
Fábio Maldonado x Leonardo Leleco (boxe)
Max Alves "Xigo" x Pedro Oliveira (MMA)
Hugo Paiva "Pequeno" x Wellington Souza (MMA)
Martin Farley x Lucas Sampaio "Bomba" (MMA)

CARD PRINCIPAL (sábado, a partir das 21h30):
Acelino Popó Freitas x Kleber Bambam (boxe)
Nego do Borel x Mc Gui (boxe)
Fernanda Lacerda x Emilene Juarez (boxe)
Thomaz Costa x Luiz Mesquita (boxe)
Pobre Loco e Sheviii2k x Rey Physique e Natural pra Cavalo (boxe)

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