Terceiro lugar na Fazenda deu mais fama a Marcia Fu do que medalha olímpica
Assim que deixou A Fazenda com a terceira colocação, Marcia Fu voltou a experimentar o turbilhão de fama similar à época que conquistou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996. Só que desta vez, a jogadora de vôlei já aposentada viu a popularidade aumentar ainda mais e, com o reality, ficou conhecida até pelas novas gerações.
Marcia estava quietinha em Minas, vivendo, como ela mesma diz, "uma vida normal de mãe" com o filho Gabriel, de 11 anos. Ela não esperava que fosse se tornar o fenômeno que virou após a participação em A Fazenda, com direito a burburinho nas ruas e música antiga regravada graças às suas cantorias.
"Eu não estava muito acostumada com isso, não, sabe? Na época em que eu jogava vôlei, as redes sociais não tinham tanto poder, eu acho que as redes sociais, hoje em dia, te levam para muitos lugares. Hoje as pessoas me param na rua, são super carinhosas comigo, querem me dar beijo, querem me abraçar, querem cantar comigo Escrito nas Estrelas", comentou Marcia.
O hit que foi sucesso nos anos 80 na voz de Tetê Espíndola voltou aos holofotes por causa de Marcia Fu. A cantora Lauana Prado, inclusive, gravou a música e está estourando nas rádios do país. E não para por aí. Desde que deixou o reality após 112 dias, a ex-atleta está com a agenda concorrida, cheia de trabalho e entrevistas.
"É legal, porque, afinal de contas, quem me conhecia eram pessoas que tinham de 30 anos para cima, 40, 50, que foi a época que eu joguei. Eu parei de jogar com 34 anos e agora estou com 54. Era difícil uma menininha de 20 anos me conhecer da época que eu jogava. E o bacana da participação na Fazenda é que hoje as pessoas me conhecem: tem gente de 20 anos, 15 até 10. Então, foi uma junção de gerações", acrescentou a medalhista olímpica.
Como Marcia decidiu deixar a vida pacata
Marcia Fu vivia em Minas Gerais com seu filho Gabriel. Ela, que sempre preferiu um dia a dia mais reservado, topou o convite de participar da seleção de A Fazenda após uma conversa com a ex-companheira de quadra e amiga Virna e a empresária Marlene Mattos, conhecida por agenciar Xuxa por muitos anos.
"Eu estava com 90% de certeza de não ir por causa do meu filho. Mas a Virna falou para a Marlene Matos me ligar para conversar. Eu acabei topando o papo e fui convencida depois de entender que a participação no programa poderia proporcionar um bom futuro ao meu filho, afinal ganharia muita visibilidade", disse.
"No fundo, eu pensei muito no Gabriel. Depois que a gente é mãe, a gente faz as coisas mesmo para os filhos. Eu conversei com o meu menino também e ele: 'Vai, mamãe, vai ser muito legal, vai ser bom para você, vai ser bom para a gente'. Eu expliquei que ficaríamos um período distante, mas o Gabriel me deu um empurrão", contou Marcia Fu.
Confinamento lembrou concentração da época do vôlei
Ficar dentro de um lugar por muito tempo não foi o maior desafio para Marcia Fu, que estava acostumada com as concentrações durante os campeonatos de vôlei. As maiores dificuldades em participar de um reality show, segundo ela, foram as saudades do filho e a convivência obrigatória com pessoas de quem não tinha afinidade.
"Eu me acostumei desde os 14 anos a viver fora. Nós, jogadoras, ficávamos muito tempo longe de casa: um mês na China, um mês na Rússia, ficava jogando pelo Brasil inteiro. Ficar confinada não foi o problema. Era difícil ficar sem notícias do Gabriel e viver com pessoas que eu não tinha muita compatibilidade nem convívio", destacou Marcia.
"Você não sabe como lidar com as pessoas. Lá dentro, a gente fala uma coisinha pequena e vira o tamanho da fazenda. Cada um tem seu temperamento, cada um tem suas saudades. A gente estava lá para participar das dinâmicas também. Então tinha que apontar para o outro, o que é muito difícil, porque não é uma coisa que estamos acostumados a fazer aqui fora. O mínimo de problema que você tinha com um colega, tinha que expor nessas situações", detalhou.
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