Intérprete de astro do beisebol é suspeito de roubar R$ 22 mi do jogador

Ippei Mizuhara, intérprete do jogador de beisebol Shohei Ohtani, foi demitido pelo Los Angeles Dodgers (time da MLB, liga dos Estados Unidos) após o staff do atleta acusá-lo de roubar U$ 4,5 milhões (R$ 22,3 milhões na cotação atual).

O que aconteceu

Mizuhara teria transferido dinheiro da conta bancária de Ohtani para uma operação de apostas ilegais. Um esquema conduzido por Mathew Bowyer está sob investigação federal, e esta verificou as transações em nome do astro do beisebol.

O staff do atleta declarou ontem (20) que "Shohei foi vítima de um roubo enorme" e prometeu levar a questão às autoridades. Horas depois, o Los Angeles Dodgers anunciou a demissão de Mizuhara. Ohtani se recusou a responder perguntas sobre o tema em entrevista pós-jogo.

O intérprete disse inicialmente que Ohtani aceitara bancar suas dívidas. Mizuhara deu essa versão da história em entrevista à ESPN norte-americana na última terça (19). Contudo, após as acusações do staff do atleta, o ex-funcionário dos Dodgers disse que o atleta não sabia das transações.

Quando Mizuhara concedeu entrevista na terça, o staff de Ohtani endossou sua versão. Segundo a assessoria do atleta, a descoberta do suposto roubo se deu na coleta de informações para responder à imprensa.

Mizuhara tem feito apostas esportivas com Bowyer desde 2021, de acordo reportagem da ESPN. Os pagamentos eram em nome de Ohtani, mas, segundo o próprio intérprete, o atleta nunca se envolveu diretamente com o assunto. O dinheiro teria sido utilizado em apostas em futebol e outras modalidades sem relação com o beisebol.

Apostas esportivas são ilegais no estado da Califórnia. A MLB, liga em que Ohtani atua desde 2018, proíbe que seus atletas apostem em qualquer modalidade.

Ohtani e Mizuhara trabalhavam juntos desde que o atleta ingressou nos EUA. O japonês hoje é um dos principais nomes do beisebol mundial, sendo eleito o melhor jogador da Liga Americana em 2021 e 2023. O arremessador trocou de time neste ano, assinando o maior contrato esportivo da história: U$ 700 milhões (R$ 3,5 bilhões) em 10 anos.

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