Surfistas brasileiros se revoltam com juízes e ganham apoio de Neymar
Do UOL, em São Paulo
30/03/2024 10h31
A etapa de Bells Beach do Circuito Mundial da WSL não foi boa para os representantes brasileiros no surfe masculino. E, em alguns casos, a eliminação veio acompanhada de revolta contra os juízes.
O que aconteceu
Todos os brasileiros foram eliminados antes das quartas de final na disputa masculina. Samuel Pupo caiu nas oitavas em disputa acirrada contra o sul-africano Matthew McGillivray. Na mesma fase, Yago Dora e Caio Ibelli caíram diante de Kade Madson e Rio Waida, respectivamente.
Gabriel Medina já havia sido eliminado anteriormente. O tricampeão mundial não conseguiu superar Cole Houshmand na etapa 16-avos de final, mesma fase em que Miguel Pupo caiu contra Crosby Colapinto.
Brasileiros se queixaram das notas atribuídas pelos juízes. Alguns surfistas do país mostraram descontentamento durante a etapa de Bells Beach.
Yago Dora aplaudiu ironicamente os jurados após sair do mar. O brasileiro precisava de uma boa onda para reverter desvantagem contra Kade Matson, mas teve 6,13 como sua melhor nota nas tentativas finais. Dora foi derrotado por 14 a 12,77.
Medina foi o brasileiro que mais demonstrou sua irritação com os juízes. Em entrevista após a bateria, o tricampeão mundial afirmou: "Pior julgamento que já passei. Isso é ruim para o esporte. Precisamos falar sobre isso".
Medina reafirmou a postura em postagem nas suas redes sociais. Com emojis de talheres e de um carro de polícia, o brasileiro insinuou ter sido "garfado" em Bells Beach.
"Tá virando rotina", disse Neymar. O atacante do Al-Hilal se manifestou em apoio ao amigo nos comentários da postagem. Ele ainda respondeu ao comentário de Pedro Velasco, um de seus 'parças', sobre a ideia de criar uma liga de surfe: "Só não vamos escolher os jurados da WSL."
Rodrygo, do futebol, e Bruninho, do vôlei, também se manifestaram a favor de Medina. "Hoje foi piada" e "Chama a polícia", escreveram os atletas, respectivamente.
As reclamações sobre arbitragem não são novidade para Medina. No ano passado, após etapa em Leemore, Califórnia, o brasileiro questionou a falta de clareza e a inconsistência das decisões dos juízes. Sua derrota na semifinal dos Jogos Olímpicos de Tóquio é outro exemplo de bateria na qual as notas foram amplamente contestadas.