100 dias: Paris vê reta final com pista roxa, rio polêmico e fim de obras
Restam 100 dias para os Jogos Olímpicos de Paris, e a capital francesa entra em sua reta final para receber o evento com novidades, polêmica envolvendo o Rio Sena e obras concluídas.
Falta pouco!
A Olimpíada terá novidades desde sua abertura, que não será realizada em um estádio pela primeira vez. As margens do Rio Sena serão o palco da cerimônia, marcada para as 19h30 no horário local (14h30 de Brasília) do dia 26 de julho — a escolha do período tem relação com o pôr do sol no local.
O rio, aliás, virou motivo de polêmica nos últimos dias, já que a qualidade da água pode adiar (ou até mesmo cancelar) as provas da maratona aquática e do triatlo. O presidente do Comitê Organizador, Tony Estanguet, anunciou um plano de contingência para controlar o problema.
Nós sabíamos que seria um desafio. Há uma decisão final em que não poderemos nadar [se a federação decidir assim]. Faz parte das regras da Federação Internacional. É o que queremos evitar.
Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador
Mas nem tudo é motivo de preocupação — pelo contrário. O evento terá uma série de novidades, incluindo a mudança de cor da pista de atletismo, que deixará de ser vermelha ou azul.
O novo piso tem 21 mil metros quadrados com três tons diferentes: dois roxos e um cinza. O pedido foi feito pelo Comitê Organizador, que quer facilitar a visualização dos atletas tanto in loco quanto pelas plataformas digitais.
Outra novidade está na inclusão do breaking e caiaque cross, da canoagem slalom, entre as modalidades disputadas.
A infraestrutura é outro destaque: todas as obras permanentes já estão prontas e aptas para receber o público. Apenas construções temporárias ainda estão em andamento em Paris — a Place de la Concorde, uma das mais importantes da França, é um dos locais inacabados.
Os Jogos Olímpicos vão até o dia 11 de agosto e abrem caminho para a Paralimpíada, que começa no dia 28 do mesmo mês e termina em 8 de setembro.
E a tocha?
O símbolo do maior evento esportivo do mundo já está na ativa. A tocha foi acesa na antiga Olímpia, na Grécia, pela atriz Mary Mina, que fez o papel de sacerdotisa. O ato teve homenagem aos deuses da mitologia local.
O revezamento terá início no dia 8 de maio e terá 68 etapas, percorrendo 400 cidades da França — além de territórios como Guiana Francesa e Polinésia Francesa, por exemplo — e passando pelas mãos de 10 mil pessoas.
Nestes tempos difíceis que estamos vivendo, com guerras e conflitos em ascensão, as pessoas estão cansadas de todo ódio, agressão e notícias negativas. Estamos ansiosos por algo que nos una, algo que seja unificador e que nos dê esperança. A chama olímpica que estamos acendendo hoje é o símbolo dessa esperança.
Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional