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Lendas do tênis citam as dificuldades para levar o ouro nos Jogos Olímpicos

Boris Becker e Martina Navratilova, membros da Academia Laureus Imagem: Angel Martinez/Getty Images for Laureus

Do UOL, em Madri

21/04/2024 08h36

Para Boris Becker e Martina Navratilova, dois dos maiores tenistas da história, a disputa da modalidade nos Jogos Olímpicos de Paris será imprevisível justamente porque o torneio será disputado alguns dias após Wimbledon, terceiro Grand Slam da temporada.

Em Paris-2024, o tênis será no saibro de Roland Garros. As Olimpíadas começam em 26 de julho enquanto o Grand Slam londrino na quadra de grama será realizado de 1º de junho a 14 de julho. Ou seja, os atletas terão menos de duas semanas para virar a chave para dois pisos tão distintos.

"É brutal, precisa fazer um bom planejamento. E acho que todos os jogadores tops querem competir nas Olimpíadas. O objetivo final este ano do Djokovic é ganhar o ouro nas Olimpíadas, porque ele ainda não conseguiu", afirmou Becker, que tem um ouro olímpico nas duplas, nos Jogos de Barcelona.

"Eu amo a Espanha. Gosto da cultura, do clima, da comida, e Barcelona trouxe minha única medalha de ouro que eu tenho", completou o ex-tenista, que junto com Navratilova é membro da Academia do Laureus, principal premiação do esporte mundial, e está em Madri para o anúncio dos vencedores nesta segunda-feira (22).

Ele nunca ganhou o torneio de Roland Garros. Já Navratilova venceu em duas oportunidades em simples, mas é o evento de Grand Slam que ela menos venceu - tem 18 títulos em simples no total contando US Open, Wimbledon e Aberto da Austrália.

Para ela, o calendário não favorece os grandes tenistas. "Esse cronograma é muito complicado. O ano de Olimpíadas fica pior. Eu acho que foi isso que atrapalhou o Djokovic em 2021. Ele havia vencido os três Grand Slams e foi para o Japão disputar os Jogos Olímpicos. E depois não ganhou o US Open. Talvez seja apenas uma explicação", disse.

A dupla reforça que o piso de saibro não é bom para tenistas como eles dois, que jogam "para ganhar o ponto". Becker tem a explicação na ponta da língua. "No saibro, ultimamente, jogam para não perder o ponto. E isso atrapalha contra um adversário que costuma usar o saque e voleio", conclui, ciente de que o competidor que quiser colocar a medalha de ouro no peito nos Jogos de Paris precisará ter muita paciência.

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