Ex-MVP e bicampeão da NBA morre aos 71 anos nos Estados Unidos
Do UOL, em São Paulo
27/05/2024 14h42Atualizada em 27/05/2024 17h36
Bill Walton, ídolo histórico do basquete norte-americano, morreu nesta segunda-feira (27) aos 71 anos.
O que aconteceu
A NBA anunciou nesta tarde a morte de Walton. Segundo a liga, o ex-atleta morreu após "batalha prolongada com o câncer" e estava próximo de sua família no momento.
Como um querido membro da família da NBA por 50 anos, a ausência de Bill será profundamente sentida por todos que o conheceram e o amam. Meus sentimentos à esposa de Bill, Lori; seus filhos, Adam, Nate, Luke e Chris; e aos vários amigos e colegas Adam Silver, comissário da NBA, em comunicado oficial
A trajetória de Bill Walton
Bill Walton está no Hall da Fama do Basquete e no NBA 75, lista com os 76 maiores jogadores da história da liga. O pivô de 2,11m de altura teve momentos de sucesso tanto no esporte universitário quanto na NBA, onde passou por Portland Trail Blazers, Los Angeles Clippers e Boston Celtics entre 1974 e 1988.
Walton foi uma vez MVP da temporada regular (1977/78) e uma vez MVP das Finais (1976/77) da NBA. O atleta alcançou os dois feitos vestindo a camisa do Portland Trail Blazers, equipe que o selecionou em 1974 com a primeira escolha geral do Draft.
As lesões impediram uma carreira já repleta de glórias de ser mais extensa. Walton sofreu com problemas crônicos no pé, além de fraturas em outras partes do corpo. Ele fez greve, pediu para sair do Portland Trail Blazers e acabou, em 1979, assinando com os Clippers como agente livre. A passagem pela franquia teve pouco sucesso, limitada novamente pelo aspecto físico.
Walton se reinventou em Boston. Já sem condições físicas de jogar minutagem digna de All-Star (honraria ao qual foi eleito duas vezes), o pivô assinou com os Celtics em 1985 e virou reserva em um time estrelado, que contava com Larry Bird, Kevin McHale e Robert Parish. O ex-Clippers foi eleito Sexto Homem do Ano em 1985/86 e contribuiu para a conquista do título daquele ano. Após mais uma temporada afetada por lesões, fez seu último jogo em 1987. Ele tentou se recuperar de problemas no pé e voltar às quadras, mas acabou optando pela aposentadoria em 1990.
O ex-pivô participou de time histórico no basquete universitário. Walton liderou o time de UCLA a 88 vitórias consecutivas na NCAA entre 1970 e 1974, recorde que permanece até hoje. A equipe conquistou dois campeonatos nacionais no período.
Walton tem sua camisa de número 32 aposentada no Portland Trail Blazers e em UCLA.
Walton também fez carreira na TV. Pouco após se aposentar do basquete, tornou-se comentarista da CBS e do Los Angeles Clippers em 1990, e manteve-se na mídia até 2012, passando por veículos como NBC e ESPN. O ex-atleta recebeu um prêmio Emmy em 2001 por "Melhor Transmissão Esportiva Ao Vivo". Ele se destacava pelo estilo irreverente e por usar bordões.
Ele redefiniu a posição de pivô. Suas habilidades únicas dos dois lados da quadra o fizeram uma força dominante na UCLA e levaram a um MVP de temporada regular e um de Finais da NBA, dois títulos da NBA e um lugar nos times de aniversário NBA 50 e no NBA 75. Bill depois levou seu entusiasmo contagiante e amor pelo jogo às transmissões, onde entregou comentários perspicazes e coloridos que geraram entretenimento a gerações de fãs de basquete. Mas acho que sempre lembrarei dele principalmente por sua empolgação com a vida Adam Silver, comissário da NBA, em comunicado oficial