Thiago Braz se diz 'confiante' em reduzir suspensão de 16 meses por doping

Thiago Braz, campeão olímpico do salto com vara em 2016, se posicionou diante da suspensão de 16 meses por doping aplicada pela AIU (Athletics Integrity Unit, o braço antidoping da World Athletics).

O que aconteceu

O atleta afirmou que recorrerá à decisão. A defesa de Thiago Braz apelou à Corte Arbitral do Esporte (CAS), última instância possível, com a esperança de reduzir a sanção de 16 meses ou mesmo excluí-la, possibilitando-o de participar dos Jogos Olímpicos de Paris. O posicionamento do campeão olímpico foi publicado em nota oficial em seu perfil no Instagram.

O entendimento é que o resultado do julgamento finalizado nesta terça (28) é "extremamente positivo". Isso se dá, segundo a nota, porque os argumentos da defesa foram aceitos — de que Thiago Braz foi vítima de contaminação de suplementos e cometeu violação não intencional —, reduzindo sua pena de 48 meses para 16. A sentença o impede de treinar até novembro deste ano.

A nota afirma ainda que Thiago Braz só se manifestará publicamente após julgamento final no CAS.

Nota oficial na íntegra

"O resultado do julgamento do Thiago Braz no Truibunal da Wordl Athletics foi extremamente positivo, especialmente considerando que a Wordl Athletics acusava-o de doping intencional, pleiteando a aplicação de uma sanção de 4 anos de inelegibilidade.

'Entretanto, após 2 dias de audiências em Londres, os argumentos da defesa do atleta prevaleceram e restou comprovado que na verdade Thiago Braz foi vítima de contaminação de suplementos (uma violação não intencional; com ausência de culpa significativa), reduzindo a solicitada pena de 48 meses para apenas 16 meses de inelegibilidade. De acordo com a decisão de primeira instância, Thiago Braz estará livre para treinar em setembro e para competir em novembro de 2024', explicou Marcelo Franklin, advogado responsável pelo caso.

Entretanto, sob o entendimento de que os 16 meses continuam desproporcionais ao baixíssimo nível de responsabilidade atribuível ao atleta, desde a semana passada, a defesa de Thiago interpôs apelação na Corte Arbitral na Suíça e está confiante em excluir a sanção ou reduzir ainda mais o período de inelegibilidade imposto, de modo a que o atleta possa participar livremente das Olimpíadas de Paris 2024. Thiago Braz reserva-se ao direito de manifestar-se publicamente apenas após o julgamento final no CAS."

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A suspensão de Thiago Braz

Thiago estava suspenso provisoriamente desde junho de 2023 por teste positivo para ostarina, conforme anunciado pela AIU. O caso foi pautado para julgamento em março deste ano e teve sua decisão publicada nesta terça. A sentença de 16 meses se encerrará em novembro deste ano, já considerando o período de suspensão preventiva.

A substância é proibida em exames antidoping desde 2008. A Anvisa também barrou o uso de ostarina no Brasil, em 2021. Ela é um anabolizante que imita a testosterona.

Ouro no Rio e bronze em Tóquio, o atleta tinha esperanças de conquistar vaga em Paris. Se absolvido no julgamento, poderia retomar à corrida olímpica e saltar acima de 5,82m até 30 de junho.

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