Rivais só na quadra, Erika e Sassá lideram times no Jogo das Estrelas LBF
Amigas, amigas, jogo à parte! A tarde promete esquentar no Jogo das Estrelas LBF Caixa 2024, que ocorre nesta quinta-feira (30), na Arena Farmaconde, em São José dos Campos (SP). As capitãs dos times, Vanessa Sassá e Erika de Souza, destaques da temporada de basquete feminino, prometem muita emoção numa disputa festiva, mas não menos competitiva.
Pivô do Sesi Araraquara, Érika disputa sua última temporada de LBF Caixa. E, aos 42 anos, lidera o atual campeão em pontos (12,9), rebotes (9,7) e eficiência (18,3). Sassá, por sua vez, em seu primeiro ano no Sampaio Basquete, é a atleta com os melhores índices tricolores em pontos (14,3), bolas de dois pontos (53,7%), rebotes (8,7) e eficiência (19,2).
"A gente quer ganhar, né?", ri Sassá, cujo time será comandado pelos treinadores Bruno Guidorizzi (Sampaio Basquete) e Leandro Leal (Pontz São José Basketball). "A gente faz assim: deixa o time ir jogando? Daí quando for chegando a final, a gente sai para decidir!", diverte-se Érika, que estará com os treinadores João Camargo (Sesi Araraquara) e Bruna Rodrigues (Unisociesc Blumenau).
A dupla pôde escolher o time a partir de um grupo de 22 atletas escolhidas por voto pelos treinadores. "Eram todas atletas muito boas e ainda ficaram muitas outras também excelentes de fora. Então não foi difícil montar um time competitivo", afirma Sassá.
A dupla revezou na escolha dos times: quando uma escolhia a armadora, a outra também escolhia uma armadora para o seu time, o mesmo ocorreu para as demais posições.
"Conhecemos muitas das atletas que estavam entre as selecionadas. Há algumas novinhas, mas a gente sabe que jogam muito bem. Caso da Alexia Dagba, do meu time, e da Micaela Duarte, da Sassá", conta Érika. Alexia, de apenas 17 anos, joga no Sesi Araraquara. Já Micaela, de 16 anos, é do time de basquete do Corinthians.
Segundo Sassá, por mais competitivas que as atletas sejam, não há rivalidades fora da quadra. "Não tem essa de torcer contra. Todas nós sabemos da nossa luta no esporte. Então estamos sempre juntas. Mas em quadra é outra história, ainda assim, é time contra time. Não é contra as atletas".
Referência
Apesar de o jogo começar apenas às 17h30, Érika e Sassá chegaram cedo à arena com o intuito de prestigiar as colegas.
"É importante também para o esporte que as pessoas vejam, possam conversar e tirar fotos com a gente. E é um incentivo extra para aquelas que estão em quadra. Quando um atleta experiente está assistindo, é comum que aquele mais novo que está em quadra se esforce mais em um lance. Aconteceu comigo, aconteceu com a Sassá. E nós queremos motivar as novas gerações, assim como gerações antigas nos motivaram", disse.
Ainda segundo Érika, seria um sonho se toda equipe pudesse ter sua sub-15, sub-10. "Nós somos carentes de ter uma estrutura de base. E isso é tão importante. As novas atletas precisam ter a oportunidade de conviver com antigas gerações, porque assim como o basquete não acabou com a Hortência e a Paula, não vai acabar com a minha aposentadoria. Hoje temos a Sassá e sua geração, amanhã teremos elas para dar continuidade a essa história".
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