Ela transmitiu prova de 21 km ao vivo: 'Parecia que estava levando pessoas'
Maratonista e apresentadora do canal "Tênis Certo", Valery Mello fez uma de suas provas mais inusitadas no início da manhã deste sábado (1º): ela relatou a etapa dos 21 km da Maratona do Rio com uma câmera acoplada em seu corpo.
Correndo, falando e mostrando
Valery fez uma transmissão em 1ª pessoa por todo o percurso, que durou pouco mais de 1h40. A ação teve parceria da Adidas, que é a marca oficial do evento.
A atleta correu com uma câmera acoplada na região um pouco acima da barriga. O acessório foi fixado com uma espécie de fita e ímã, garantindo a sustentação até o encerramento do trajeto.
Enquanto percorria as ruas do Rio e interagia, o marido da apresentadora, o também maratonista Eduardo Suzuki, atuou em um estúdio. Ele tirou dúvidas dos telespectadores e deu mais informações sobre a prova, que acabou com vitória da queniana Nelly Jepchumba — a africana, inclusive, bateu o recorde da prova nos 21 km com tempo de 1h10min08s.
A live contou com uma série de momentos curiosos: houve "tietadas" de fãs, parada para troca de bateria da câmera e até mesmo um "beijinho" entre o casal, já na parte final do trajeto.
'Estava levando pessoas'
Valery falou ao UOL sobre a iniciativa. Ela destacou a beleza do percurso na capital carioca, enfatizou o objetivo da transmissão e revelou uma espécie de "quebra de protocolo" em um momento com o marido.
Corrida inédita. "Senti muita energia. Parecia que estava levando pessoas comigo, isso é muito gostoso. Foi bom conversar com as pessoas mesmo sem saber se elas estavam lá me ouvindo. Tentei passar o que foi a corrida para elas. E trazer mais pessoas para o esporte."
Beijinho no marido. "O cumprimento foi combinado porque a gente sabia que poderia se encontrar, mas o beijo não foi combinado, era para ser só um toquinho. Foi muito legal porque é bom encontrar pessoas que você ama e que estão do seu lado."
Qual o diferencial da prova no Rio? "Energia. Aqui tem uma energia surreal comparado com o resto do mundo. Além disto, há, obviamente, a paisagem. No Rio, qualquer canto que você olha é muito lindo. A energia dos corredores é outra. Isso faz com que o Rio seja o lugar mais especial do mundo."
Troca de bateria. "Eu estava muito bem. Atrapalhou um pouco no tempo, eu queria fechar para cravar 1h40 e a gente fechou com 1h42. Mas é que o corredor tem essa coisa com o tempo. O fato é que temos a primeira transmissão ao vivo com 1h42. A próxima é subir para 1h40, depois 1h35, quem sabe 1h29... vai ser cada vez melhor."
Novidade. Foi a primeira vez que corri em live. A gente vê transmissões ao vivo mostrando os atletas, mas com você de uma tela junto com a galera acho que foi a primeira. A gente está fazendo história com Adidas. Precisamos trazer coisas novas. Graças a Deus, a corrida cresceu demais, temos que aplaudir isso. Muitas pessoas me escreveram falando: 'Val, estou em outros lugar, mas vou assistir para correr com vocês'. Quem sabe, ano que vem, eles vêm com a gente."
Expectativa superada
Suzuki também se mostrou satisfeito e admitiu surpresa com a audiência diante do horário: o vídeo já ultrapassou 40 mil visualizações e, em tempo real, atingiu mais de 3 mil pessoas por volta das 7h30 (de Brasília).
A corrida ocorre de manhã, não é o melhor horário para acompanhar uma live, geralmente é de noite. Tinha uma expectativa boa, mas superou. Essa prova é única, não tem como comparar com outras. Ela tem uma energia diferente. Apesar de ter um espírito de competição, a gente vê alegria nas pessoas. Elas se empolgam com o local. Como é uma prova que vem gente do Brasil inteiro, é um grande encontro dos corredores Eduardo Suzuki
* O repórter viajou a convite da adidas
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