Campeões olímpicos em Barcelona exaltam trajetória de Pampa: 'Sensacional'

Jogadores de vôlei da seleção de 1992, que conquistou o ouro olímpico em Barcelona, lamentaram a morte de Pampa, que morreu nesta sexta-feira (7), vítima de um câncer no sistema linfático.

O que aconteceu

O UOL conversou com jogadores que dividiram a quadra com Pampa ao longo da carreira, principalmente no ano de sua maior conquista.

Nomes como o ex-levantador Maurício, Marcelo Negrão e o capitão Carlão exaltaram a figura de Pampa.

O capitão da seleção de 1992, Carlão, começou no voleibol junto com Pampa, que veio a se tornar seu padrinho de casamento:

Pampa foi ouro em Barcelona-1992, primeiro título olímpico do vôlei brasileiro. Além disso, conquistou a prata nos Jogos Pan-Americanos de 1991 e o título da Liga Mundial, em 1993.

Na seleção, foram oito, nove anos, éramos companheiros de quarto. A gente tinha uma ligação muito forte. Ele foi meu padrinho de casamento, eu fui padrinho de casamento dele. Eu era um cara muito sério, tanto que ele fez um vídeo em Barcelona, filmando tudo, eu sempre falei muito pouco, então ele conseguia tirar um pouco dessa minha seriedade. O cara estava sempre brincando, estava sempre deixando o grupo alegre, colocava apelido em todos. EU mesmo tenho três que ele colocou em mim: Jabá, Ceará e Cabeça Chata. Carlão

Carlão e Pampa eram grandes amigos, dentro e fora das quadras
Carlão e Pampa eram grandes amigos, dentro e fora das quadras Imagem: Arquivo pessoal

Maurício ressaltou que, além de um grande jogador, Pampa era alegre dentro e fora das quadras:

Sempre muito para cima. Nós temos um grupo lá de Barcelona e nós falamos que a gente tem que lembrar dele nesse momento, o quanto ele nos fazia feliz, dentro de quadra, fora de quadra. Ele foi uma peça superimportante naquela nossa conquista. Para cima, enfim, é um cara que, além de um excelente jogador, um grande ídolo do Brasil. Maurício Lima

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O lendário ponteiro Marcelo Negrão corroborou com os elogios e relembrou o início de carreira ao lado de Pampa:

Convivi muitos anos com ele, começamos jogando em Recife, então tínhamos os mesmos técnicos, conhecíamos as mesmas pessoas. Eu era mais novo do que ele e mesma posição e, mesmo assim, a gente jogando e disputando posição, ele sempre me ajudando muito, nunca foi um cara que queria a minha posição e sendo aquele cara de 'poxa, não vou falar com o Marcelo porque a gente tá disputando', muito pelo contrário, sempre foi um cara muito bacana comigo, me ensinou muita coisa, sempre me deu muita força, torcendo sempre pelos meus resultados positivos, sabendo ser um cara de grupo, um cara de união, um cara positivo, um cara que estava sempre pra cima, brincalhão com todo mundo. Marcelo Negrão

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